A deputada estadual Daniella Ribeiro, do Partido Progressista, afirmou em rede social que está vivendo momentos decisivos nesta fase em que confirmará se aceita trocar a reeleição à Assembleia Legislativa pela disputa de um mandato ao Senado em meio a um quadro acirrado, com nomes de peso como o atual senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PSB), além do vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PSC).
– Faço dos dias que antecedem minha decisão momentos únicos de compartilhamento e respeito, acima de tudo, a quem até hoje me acompanha e acredita em mim e a tantos outros que chegam trazendo palavras de incentivo e apoio, o que muito tem me honrado enfatizou a deputada, que é irmã do ex-ministro das Cidades e atual líder do governo Temer na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, candidato à reeleição. Daniella já foi candidata a prefeita de Campina Grande, mas não logrou êxito. Como deputada estadual, tem tido uma atuação marcante, reconhecida por diversos segmentos da sociedade e pela própria crônica política que acompanha as atividades parlamentares.
O PP, presidido pelo vice-prefeito de Campina Grande, Enivaldo Ribeiro, ainda oscila na posição que pretende tomar em termos de composição nas eleições deste ano. O partido divide-se entre apoiar o senador José Maranhão (MDB)ou o ex-secretário João Azevedo (PSB) ao governo do Estado, descartando uma composição com Lucélio Cartaxo, do PV, que é apoiado pelo clã Cunha Lima e tem como vice a doutora Micheline Rodrigues, mulher do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, do PSDB. Desde o início das articulações para o pleito deste ano, Daniella foi lembrada, também, para a vice-governança numa das chapas em formação, mas refutou essa tese, com o argumento de que o PP estava cansado de ter papel coadjuvante e que lutaria por uma participação mais destacada e efetiva no pleito.
A deputada integra, na Assembleia, um grupo de deputados que se empenham em formular propostas novas e viáveis para a solução de problemas prementes da população paraibana nas diversas regiões. Esse grupo parte da filosofia de que o Legislativo precisa oferecer contribuições mais concretas ao próprio governo doestado no encaminhamento das demandas populares e seu equacionamento. Daniella é mentora de uma Frente Parlamentar de Defesa e Valorização das Mulheres, prestigiando quem se destaca em atividades sociais ou empreendedoras e engajando-se, paralelamente, em campanhas de denúncia de violações ou agressões contra o sexo feminino. Daniella reforça, também, a cobrança nacional por maior participação das mulheres dentro dos partidos políticos e nas diferentes instâncias do Parlamento do Senado a Câmaras de Vereadores.
Para ela, a representatividade feminina foi negligenciada pelas cúpulas partidárias por muitos anos e só se impôs graças à luta que se espalhou por todos os Estados e que teve o ápice na ascensão de Dilma Rousseff à presidência da República. Daniella lembra que a Paraíba não elegeu nenhuma mulher para a Câmara Federal na atual legislatura e muito menos para o Senado. Das 36 vagas na Assembleia Legislativa do estado, as mulheres conquistaram apenas três. O nosso empenho é para tornar realidade a participação feminina nas esferas de decisão, relata Daniella, enquanto amadurece a decisão que tomará sobre seu próprio rumo na disputa vindoura.
Nonato Guedes