A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) apresentou o projeto de sua nova sede ao Ministério Público da Paraíba (MPPB), na manhã desta sexta-feira (13). O presidente do Legislativo, Marcos Vinícius (PSDB), acompanhado de uma comitiva de vereadores, e o arquiteto responsável, Gustavo Vaz, mostraram os detalhes do novo prédio, que terá quatro pavimentos, incluindo um estacionamento no subsolo, de proposta acessível e sustentável, com captação de energia solar e reaproveitamento de água. A expectativa é de que as obras iniciem até outubro e que durem até dez meses.
Esta proposta foi construída com a participação dos 27 vereadores e vamos conseguir agrupar toda a Câmara em um prédio só, visto que hoje funcionamos com dois anexos, pontuou Marcos Vinícius. Sofremos com uma estrutura antiga, projetada para 13 parlamentares, cheia de falhas. Estamos na fase final das licitações e acreditamos que, entre setembro e outubro, a atual sede seja demolida e que o novo prédio fique pronto em até dez meses após isso, acrescentou.
O promotor Carlos Romero Lauria Paulo Neto, representando a Curadoria do Patrimônio, avaliou o projeto como uma iniciativa “pé no chão”. Ele já parte bem-sucedido, sem suntuosidades, o que atesta a representatividade e responsabilidade que os vereadores têm. Um ambiente digno e moderno para trabalhar e acolher a população. O MPPB se sente grato pela preocupação da Câmara em nos mostrar o projeto, comentou, ratificando que ambas as instituições são parceiras e fiscalizadoras.
Segundo o promotor, o novo prédio da CMJP será uma obra emblemática na Rua das Trincheiras, que vai inspirar o entorno, para que haja um reavivamento do patrimônio histórico da localidade, estimulando até parcerias em torno disso, como na fiscalização dos processos licitatórios, entre outros, da execução do projeto.
Sede atual será demolida
De acordo com o arquiteto Gustavo Vaz, apenas será preservado o prédio onde funciona o Centro Cultural da CMJP e todo o resto será demolido para a construção da nova sede. A edificação terá quatro pavimentos, sendo um semi-subsolo onde funcionará o estacionamento para 50 vagas, mais três pisos de salas. No térreo, funcionará o plenário e toda a comunicação da Casa.
A nova Câmara terá 4.900 m² de área construída, mais da metade do que tem hoje, 1.400 m². O primeiro piso comportará a parte administrativa da Casa Napoleão Laureano e a galeria, a parte em que o público assistirá os eventos do Legislativo. Licitação, procuradoria, diretoria-geral, os cinco gabinetes dos vereadores que compõem a Mesa Diretora mais a presidência.
No segundo andar, haverá gabinetes padronizados, com adaptação para pessoas com deficiência, contendo duas divisões, uma para a equipe de assessores e outra como sala privativa do parlamentar.
Ecológico
O projeto foi pensado com um apelo ecológico, garantiu Gustavo Vaz. A edificação foi pensada para que se faça o aproveitamento das águas pluviais, servindo para irrigamento do jardim, na descarga dos sanitários, lavagem de pisos e, no telhado, teremos painéis solares, o que acarretará economia no gasto de energia elétrica.
Participaram do evento os vereadores Mangueira (PMDB), Damásio Franca (PP), João Corujinha (PSDC), Lucas de Brito (PV), Milanez Neto (PTB), Dinho (PMN), Chico do Sindicato (Avante), Bruno Farias (PPS), o Diretor-Geral da CMJP, Carlos Santos, o Procurador da Casa, Antônio Paulo Rolim e o Diretor Legislativo, Rodrigo Paulo Neto. .
Haryson Alves