Ao abrir, ontem, a Primeira Semana de Debates com Pré-Candidatos ao Governo, promovida pela seccional da Ordem dos Advogados do Brasil na Paraíba, o socialista João Azevedo não poupou críticas ao senador José Maranhão, pré-candidato do MDB, embora este tenha dito na sexta-feira passada que não poderia criticar a atual gestão de Ricardo Coutinho porque ela está utilizando recursos e projetos deixados por ele com vistas à execução de pavimentação de estradas e outras obras de infraestrutura. Azevedo, contrariando expectativas, rebateu Maranhão.
– Com dinheiro em caixa e projeto pronto, se não executou é porque não tem competência alfinetou o pré-candidato do PSB. Ele aproveitou sua intervenção para fazer uma prestação de contas dos recursos investidos na construção de estradas no Estado. Conforme ele, a gestão passada deixou recursos insuficientes para a quantidade de obras realizadas e as que estão em andamento graças ao planejamento elaborado pelo governador Ricardo Coutinho e por sua equipe.
Ao final do debate, o presidente da seccional da OAB, Paulo Maia, abordou reivindicações dos advogados, a exemplo de criação de uma lei que fixe piso salarial para a categoria. Em resposta, Azevedo comprometeu-se a realizar concurso público para procurador do Estado. A OAB-PB pediu, ainda, o apoio do pré-candidato para evitar o fechamento de comarcas no interior da Paraíba, tema que está sendo avaliado no âmbito do Tribunal de Justiça. Azevedo frisou que é radicalmente contrário à extinção de comarcas, justificando que a atuação jurisdicional deve estar próxima da sociedade.
– Muita gente vai deixar de procurar a Justiça pelas dificuldades que serão impostas se realmente for efetivada a extinção de comarcas salientou o pré-candidato do PSB. João informou que do total de recursos repassados pelo governo ao Tribunal de Justiça, através do duodécimo (quase R$ 600 milhões), 90% foram utilizados para o pagamento de salários, enquanto apenas R$ 1,5 milhão foi destinado para investimentos. Isso não passa somente por aumento do duodécimo, mas pela reestruturação e por uma gestão eficiente e transparente, comentou.