O governador Ricardo Coutinho reuniu, ontem, na Granja Santana, 25 deputados estaduais, o deputado federal Veneziano Vital e outros agentes políticos para definir estratégias de fortalecimento da campanha do pré-candidato João Azevedo (PSB) ao governo do Estado. Na ocasião, foi comunicada a escolha do secretário Waldson Souza, do Planejamento, como coordenador da pré-campanha de Azevedo. O pré-candidato à sucessão de Coutinho deixou o recinto sem falar com a imprensa sobre as discussões feitas.
No entanto, o deputado estadual Lindolfo Pires revelou que na ocasião houve decisão sobre coordenações que atuarão nas diferentes regiões do Estado durante a campanha, além de ter sido feita uma avaliação do nível de atuação do postulante oficial, que disputa cargos eletivos pela primeira vez. Lindolfo, que é filiado ao Podemos, destacou o interesse do governador de promover a unificação de táticas de campanha e do próprio tom do discurso dos que vão figurar nas chapas majoritária e proporcional. Desse ponto de vista, considera que foi proveitosa a discussão.
Jeová Campos, do PSB, representante do Alto Sertão, salientou que os participantes do encontro demonstraram empenho em se integrar à coordenação da campanha, não tendo sido, ao contrário do que foi especulado, colocada em pauta a realização de pesquisa interna com o objetivo de avaliar o desempenho do pré-candidato João Azevedo, que já ganhou visibilidade nos meios de comunicação, nas redes sociais e no contato com populares. O deputado estadual Frei Anastácio Ribeiro acrescentou que houve avaliações sobre outras pré-candidaturas que estão postas na disputa pelo governo do Estado. Expoente do Partido dos Trabalhadores, Anastácio acredita que há espaços valiosos a serem conquistados por Azevedo no decorrer da disputa.
A realização do evento político na Granja Santana, que é a residência oficial do governador do Estado, ocasionou protestos de deputados da oposição. Bruno Cunha Lima, do SD, frisou que a utilização da estrutura da Granja para reuniões ou manifestações políticas precisa ser analisada com rigor por parte da Justiça Eleitoral. É necessário que se pondere bastante acerca da utilização de prédios públicos para atividades com interesse privado, diante do que estabelece a própria lei nesse sentido, admoestou Bruno Cunha Lima.
Nonato Guedes