O ex-governador da Paraíba, Roberto Paulino, admitiu, ontem, a possibilidade de ingressar na disputa por uma vaga ao Senado pelo MDB, engrossando a lista dos pretendentes a uma cadeira em nosso Estado. Paulino assumiu o governo com a renúncia de José Maranhão para disputar o Senado em 2002 e concorreu à reeleição, perdendo no segundo turno para Cássio Cunha Lima. Agora, ele frisa que sua prioridade é a reeleição do filho, Raniery, para deputado estadual. Mas se o MDB precisar de um candidato com ficha limpa para o Senado, estou à disposição.
Na avaliação de Paulino,cuja atuação política concentra-se em Guarabira e outras cidades do Brejo paraibano, nada está definido na corrida pelo Senado e seu nome pode perfeitamente constar da chapa encabeçada por José Maranhão ao governo, caso seja necessário. A dois dias do início das convenções partidárias para confirmação de chapas, os principais pré-candidatos ao governo não têm chapas fechadas para o Senado, o que facilita a proliferação de pretendentes. No bloco de Lucélio Cartaxo (PV) está definida apenas a candidatura à reeleição de Cássio Cunha Lima (PSDB) e no de João Azevedo (PSB) está confirmada a candidatura de Veneziano Vital do Rêgo. José Maranhão depende do PSC para bater o martelo sobre a participação de Manoel Júnior e aguarda definição do PP sobre a entrada de Daniella Ribeiro na sua chapa.
O PDT da vice-governadora Lígia Feliciano e o PSTU ainda não anunciaram qualquer nome para vice e para o Senado. O PCdoB terá Gregória Benário como candidata a senadora. A indefinição se dá com mais vigor quanto às composições com outros partidos. Até ontem, apenas o PSOL tinha chapa completa, com Tárcio Teixeira para governador, Adjany Simplício para vice, Nelson Júnior e Nivaldo Mangueira ao Senado. O deputado Raniery Paulino prevê boas notícias para o pré-candidato do MDB, José Maranhão, nos próximos dias. Ele vê possibilidades de entendimento com PP e PSC e não descarta aliança também com o PDT de Lígia Feliciano.
Nonato Guedes, com Correio da Paraíba