A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) adere, a partir desta segunda-feira (23), à campanha ‘Coração Azul, para conscientizar sobre o tráfico de pessoas. Por isso, durante todas as noites deste mês de julho, a população vai conferir a fachada da instituição iluminada em tons de azul, em alusão à importância do alerta e da conscientização sobre o tema da Campanha.
Na Paraíba e em todo Brasil, o combate ao tráfico internacional de pessoas para fim de exploração sexual teve grandes avanços, mas a melhor maneira de combater este crime, que destrói famílias, ainda é a informação e a coragem para denunciar, disse o presidente da CMJP, vereador Marcos Vinícius (PSDB), que completou: E a Câmara de João Pessoa não poderia ficar de fora deste importante debate.
O dia 30 de julho foi instituído pelas Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, e desde de 2013 a data é divulgada com a campanha ‘Coração Azul’ na versão brasileira. A campanha acontece de 24 a 30 de julho, e pode ser seguida virtualmente.
O ‘Coração azul’ é uma campanha internacional promovida pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), que busca conscientizar pessoas em todo o mundo sobre o problema e inspirar aqueles que detêm poder de decisão a promover as mudanças necessárias para acabar com esse crime.
O coração azul foi escolhido como o símbolo da campanha por representar a tristeza das vítimas do tráfico de pessoas e lembrar a insensibilidade de quem compra e vende outro ser humano. O uso da cor azul das Nações Unidas também demonstra o compromisso da organização com a luta contra esse crime, que atenta contra a dignidade humana.
Durante o processo de tráfico de pessoas, os criminosos cometem uma série de crimes, não só sequestro e exploração. São eles: homicídio; estupro; atentado violento ao pudor; lenocínio; tortura (psicológica e física); sequestro; sequestro com cárcere privado; corrupção (passiva, concussão, corrupção ativa); formação de quadrilha; lavagem de dinheiro; falsificação, furto ou roubo de documentos; sonegação fiscal; estelionato; frustração de direitos trabalhistas; trabalho escravo ou forçado; redução a condição análoga à de escravo; lesões corporais e maus-tratos.
As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100 (Para Denunciar Violações de Direitos Humanos) e ou 180 (Central de Atendimento à Mulher).
Damião Rodrigues