Será às 9h30 de hoje a reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, que cumpriu recesso parlamentar no final do primeiro semestre, com mais de um mês de férias, tempo em que foram feitas reformas na estrutura física do Poder, numa ação coordenada pessoalmente pelo deputado Gervásio Maia Filho, presidente da Casa de Epitácio Pessoa. Antes da reabertura, Gervásio irá se reunir com o colegiado de líderes para definir uma pauta prioritária para este segundo semestre e estratégias com vistas a evitar que a campanha eleitoral, a ser deflagrada oficialmente a partir de 16 de agosto, não atrapalhe o andamento das atividades.
O líder do governo na Assembleia, deputado Hervázio Bezerra (PSB), salientou que a expectativa é de que os trabalhos parlamentares ocorram normalmente, mediante empenho de todos os parlamentares, de modo a que o período eleitoral não interfira na produtividade legislativa. O líder qualificou como período atípico a fase em que a Assembleia reabre suas portas, em paralelo com a luta de muitos parlamentares para se reeleger ou conquistar outros mandatos. A minha expectativa é a de que os interesses pessoais não atrapalhem os trabalhos, nem a tribuna seja utilizada como palanque eleitoral.
O deputado Bruno Cunha Lima (SD), líder da Oposição, também se mostra otimista com a reabertura dos trabalhos e início desse segundo semestre do último ano legislativo. Frisou que os parlamentares, independentemente de bancadas, possam ter maturidade suficiente para distinguir, mesmo sendo período pré-eleitoral, as responsabilidades para com o exercício do mandato. É necessário que os deputados estejam imbuídos do espírito de discussão de problemas e, particularmente, de soluções para a crise econômica e a crise de segurança com que se deparam o Brasil e a Paraíba em particular, expressou. Bruno Cunha Lima foi enfático ao dizer que espera compromisso dos seus pares no sentido de avançarem nos debates e na produtividade, sem prejuízo das atividades eleitorais que possam vir a empreender. A sociedade mantém-se atenta em relação à postura dos parlamentares. E seria uma irresponsabilidade dos deputados não procurarem ficar sintonizados com a voz das ruas.
Nonato Guedes