O radialista Fabiano Gomes foi preso na manhã de hoje (22) pela Polícia Federal no bojo da Operação Xeque-Mate que apura irregularidades graves em gestões públicas na cidade de Cabedelo. A prisão preventiva do radialista foi determinada pelo desembargador João Benedito, do Tribunal de Justiça do Estado, com base no que foi apurado pela Operação Xeque-Mate desencadeada pelo Ministério Público em parceria com a Polícia Federal e participação do Gaeco nas investigações.
No dia três de julho, Fabiano Gomes já havia sido alvo de dois mandados de busca e apreensão, cumpridos em sua residência e local de trabalho em João Pessoa. Ele é acusado de ter sido intermediário do pagamento de vultosa propina ao prefeito de Cabedelo, José de Lucena Filho (Luceninha), como condição para que ele renunciasse ao mandato, o que ocorreu em 2013, possibilitando a ascensão de Wellington (Leto) Viana, que atualmente está afastado e preso na Capital paraibana. O radialista, em depoimento espontâneo prestado a autoridades, havia confirmado a sua participação no esquema e delatou nomes dos mentores ou autores da operação engendrada e que causou prejuízos aos cofres públicos da cidade portuária.
O depoimento foi feito perante o coordenador do Gaeco, Octávio Paulo Neto, e o radialista Fabiano Gomes foi explícito ao fornecer detalhes sobre a compra do mandato de Luceninha e no relato sobre negociatas envolvendo pagamento por parte da prefeitura a empresas de publicidade pertencentes a ele. A descoberta do esquema coroou investigações que vinham sendo minuciosamente executadas, inclusive, com o recurso a filmagens de cenas, anexadas ao rumoroso inquérito policial que indiciou o prefeito afastado Leto Viana, vereadores, secretários da administração municipal e outras pessoas. Fabiano Gomes, reiteradas vezes, publicizou declarações dando conta de que estava à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários à elucidação dos fatos denunciados. A decretação de sua prisão configura mais um capítulo no processo de investigação do caso.