O secretário de Comunicação Social do governo do Estado, Luís Tôrres, negou números divulgados pelo Banco do Brasil, disponibilizados no site do Tribunal de Justiça e publicados pelo Correio da Paraíba de que há entre 15 a 21 mil servidores codificados, sem vínculos com o Estado, na folha de pessoal. Eles custariam mais de R$ 35 milhões ao erário e o governo não viria recolhendo contribuição previdenciária, o que foi admitido pelo conselheiro Nominando Diniz, do Tribunal de Contas, alertando que o TCE deu prazo até o fim de dezembro para que a administração Ricardo Coutinho (PSB) regularize a situação.
De acordo com Luís Tôrres, os números publicizados não correspondem à realidade e os codificados seriam cerca de R$ 8 mil servidores. Frisou o secretário que o número era bem maior em outras gestões, como as de José Maranhão e Cássio Cunha Lima, e o atual governo vem tomando medidas consecutivas para a sua redução. Tais dados, inclusive, são repassados mensalmente ao Tribunal de Contas do Estado para acompanhamento e comprovação, acentuou. Conforme matéria do jornalista Adelson Barbosa no Correio, levando-se em conta apenas 4 mil codificados de duas gigantes relações divulgadas ontem pelo Banco do Brasil os valores passariam de R$ 13 milhões. As duas listas foram publicizadas por determinação judicial.
Na edição de domingo, o jornal publicou números que chegariam ao valor de R$ 7.632.000,00 por mês, tomando-se por base apenas 8 mil codificados e valores entre o salário mínimo e R$ 10 mil. Entretanto, as listas do Banco do Brasil apresentam números bem mais elevados. São, ao todo, 15.103 CPFs e os nomes dos seus respectivos donos. As listas do Banco do Brasil, segundo levantamento do Correio têm 3,2 mil nomes, que recebem acima de R$ 3 mil. Somados, os dois grupos juntos recebem R$ 12.749,00. Além do mais, 3.400 recebem abaixo de R$ 1 mil. A média salarial paga aos codificados, levando-se em consideração os números das listas, chega a R$ 1.500,00. Sendo assim, o valor global da folha pode chegar a mais do que o triplo dos R$ 13 milhões destinados a somente 4 mil pessoas. Pelo menos um codificado identificado por Severiano Pedro do Nascimento recebe R$ 20.806,95. O secretário Luís Tôrres insiste em que há exagero nas informações.
Da Redação, com Correio da Paraíba