O deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PSB), candidato ao Senado pela Paraíba, um dos favoritos para uma das vagas, conforme pesquisas divulgadas, teve arquivadas todas as 29 ações no âmbito do Supremo Tribunal Federal, onde foi investigado como suspeito de prática de atos ilegais. Em sua grande maioria, os processos referiam-se à sua atuação como prefeito de Campina Grande Veneziano ocupou o cargo por duas vezes, quando ainda era filiado ao antigo PMDB.
Apurou-se que apenas um processo, ainda remanescente ao período em que governou a cidade Rainha da Borborema (2005-2012), já remetido à Justiça paraibana, segue em andamento. Sempre que confrontado com versões sobre os processos e acusações que lhe eram imputadas, o parlamentar adotou a postura defensiva, jurando inocência e responsabilizando adversários políticos por tentarem prejudicar sua carreira. Em alguns casos, queixou-se de denúncias requentadas na própria imprensa, sem trazer fatos novos que o incriminassem. Sempre agi com tranquilidade diante dessas informações, pontua Veneziano.
Ele migrou há pouco tempo para o PSB atendendo a convite do governador Ricardo Coutinho para ser candidato ao Senado, na chapa encabeçada por João Azevêdo ao governo do Estado. Veneziano tentou, por várias vezes, garantir espaços dentro do ex-PMDB, atual MDB, para legitimar sua pretensão de candidatar-se ao governo paraibano, mas lamenta que a cúpula sempre obstaculou essa pretensão (o partido é presidido pelo senador José Maranhão, novamente candidato ao governo este ano). Em 2014, quando Maranhão pleiteou recondução ao Senado, foi insinuada a Veneziano a chance de concorrer ao governo, mas ele avaliou que a sondagem chegou tardiamente diante dos planos que já havia esboçado para marcar participação no pleito. O seu irmão, Vital do Rêgo, então senador, hoje ministro do Tribunal de Contas da União, aceitou o sacrifício de ser candidato do PMDB ao Palácio da Redenção, mas não logrou ir para o segundo turno. Veneziano, enquanto isso, assegurou-se do mandato de deputado federal, em que substituiu sua mãe, Nilda Gondim.
No papel de deputado federal, ele votou pelo impeachment da presidente Dilma Roussefff, mas também votou favoravelmente à abertura de inquérito pela Procuradoria Geral da República a fim de apurar denúncias existentes contra o presidente Michel Temer, do MDB. Essa atitude valeu-lhe punição disciplinar na hierarquia do partido, o que levou Veneziano a se afastar cada vez mais dos quadros emedebistas, não obstante tivesse tido a solidariedade, nesse caso específico, dos senadores José Maranhão e Raimundo Lira (este, atualmente, no PSD). Houve veto da parte de petistas aliados ao governador Ricardo Coutinho à participação de Veneziano na chapa majoritária oficial como candidato ao Senado, mas as resistências acabaram sendo contornadas graças à mediação do chefe do Executivo e de outros agentes políticos. Hoje, Veneziano faz dobradinha ao Senado, publicamente, como deputado federal Luiz Couto, candidato indicado pelo Partido dos Trabalhadores.
Da Redação, com agências