Pelo menos a julgar pelos resultados da pesquisa Método/Correio da Paraíba, o cenário para as eleições na Paraíba ao Senado, a dados de hoje, reproduz, curiosamente, a situação verificada em 2010. Há oito anos, a disputa por duas vagas ficou polarizada entre o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o ex-deputado federal Vital do Rêgo Filho (Vitalzinho), hoje ministro do Tribunal de Contas da União. Os dois foram eleitos, representando Campina Grande e o Compartimento da Borborema. Agora, na pesquisa estimulada, onde os nomes de todos os concorrentes são mostrados aos entrevistados, Cássio Cunha Lima, que disputa a reeleição, é o primeiro voto do paraibano para o Senado, seguido pelo deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PSB), que aparece em primeiro quando a intenção devoto se trata da segunda vaga, nesse modelo de abordagem, como explica matéria assinada pelos repórteres André Gomes e Nice Almeida no Correio.
Os entrevistados, de acordo com a matéria, também responderam de forma espontânea, ou seja, sem a apresentação de nomes. A pesquisa quantitativa foi realizada entre os dias 28 de agosto e 31 do mesmo mês e registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número PB-03418/2018. Ela foi aplicada em 60 municípios da Paraíba foram ao todo 1.100 questionários. A margem de erro é de 3%, com intervalo de confiança de 95%. O primeiro turno das eleições 2018 será realizado no dia sete de outubro próximo.
Vital do Rêgo Filho, também chamado de Vitalzinho, foi deputado estadual e, quando senador, candidatou-se ao governo do Estado pelo então PMDB na disputa de 2014, não logrando, todavia, avançar para o segundo turno, que acabou sendo vencido pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), na parada pela reeleição, derrotando o ex-aliado Cássio Cunha Lima. Vital, passada a eleição, reassumiu o mandato titular no Senado, onde teve atuação proveitosa e presidiu a Comissão Mista de Orçamento. Ele renunciou ao posto ao ser nomeado pela presidente Dilma Rousseff (PT) para ministro do Tribunal de Contas da União e foi substituído pelo então suplente Raimundo Lira, que apesar da atuação proativa que desenvolve no Congresso optou por não concorrer à reeleição a que teria direito, decisão tomada após acurada reflexão pessoal sobre os ricos da atividade, conforme ele pontuou em manifesto aos paraibanos.
Nonato Guedes