O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), lamentou, ontem, o rompimento do vice-prefeito Manoel Júnior (PSC) com a candidatura de Lucélio Cartaxo ao governo e sua consequente adesão ao candidato do MDB, José Maranhão. Enfatizou, no entanto, que seu grupo político não foi responsável por qualquer manobra para prejudicar pretensões políticas de Júnior, que é candidato a deputado federal depois de ter cogitado concorrer ao Senado e ter idealizado assumir a titularidade da prefeitura da Capital na hipótese de renúncia de Luciano para concorrer ao Palácio da Redenção.
Ao abrir o jogo sobre o rompimento com Manoel Júnior, Luciano Cartaxo disse que o fato teria sido motivado pelas dificuldades que Manoel tem encontrado na disputa eleitoral. Ele fez à imprensa um histórico da parceria com o vice e assegurou que nunca prometeu ser candidato ao governo e, consequentemente, deixar Júnior como prefeito. Em nenhum momento, eu disse que disputaria a candidatura de governador. Maranhão radicalizou as críticas ao nome que estávamos construindo com os partidos de oposição, frisou o irmão gêmeo do candidato a governador.
– Quando ganhamos, o vice-prefeito ficou vacilando entre permanecer como deputado ou assumir a vice-prefeitura narrou Luciano a jornalistas, refutando as insinuações de que tenha formado um clube fechado com pessoas de sua estrita confiança na prefeitura, excluindo desse rol o vice Manoel Júnior. Enquanto isso, o vice-prefeito salientou ter sofrido várias rasteiras e justificou que o candidato do MDB ao governo foi escolhido para ter seu apoio porque cumpre a palavra que dá, diferente de outras pessoas. Apesar do rompimento, vou continuar ajudando a Capital paraibana, como vice-prefeito, e num eventual mandato em Brasília a partir do próximo ano, comprometeu-se Manoel Júnior. Luciano Cartaxo ironizou: Está para nascer algum político que fosse enganar Manoel Júnior. Ele não é mais criança. Tem experiência, foi prefeito, vice, deputado, conhece a conjuntura, arrematou Cartaxo.
Nonato Guedes