O vice-presidente nacional do PSL, Julian Lemos, candidato a deputado federal na Paraíba e coordenador da campanha de Jair Bolsonaro a presidente da República na região Nordeste, qualificou como muito grave o atentado sofrido pelo postulante, ontem, em Juiz de Fora, Minas Gerais, quando foi esfaqueado no abdômen por um desafeto, Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos. Segundo Lemos, além de ser um atentado à democracia, a tentativa de assassinato de Bolsonaro reflete o ódio da esquerda brasileira contra seus opositores que querem chegar ao comando do país.
Julian acrescentou: Isso nos preocupa muito porque partiu de um ativista de esquerda, raivoso, disposto a matar qualquer um que se oponha aos seus interesses. Lemos afirmou que a segurança dos eventos de campanha será ainda mais reforçada para evitar que episódios assim voltem a ocorrer. A intenção era matar Bolsonaro, mas o intento não logrou êxito, e esse ato vai fortalecer os que querem falar a verdade, pois eles não aceitam homens que prosperam nos braços do povo. Não vamos retroceder, salientou. O coordenador da campanha informou que vai liderar uma corrente de orações para que Bolsonaro se recupere prontamente dos ferimentos possíveis e retome as atividades o mais rápido possível.
As informações dão conta de que Jair deve permanecer na UTI da Santa Casa de Juiz de Fora por cerca de uma semana e, se tudo transcorrer bem, em quatro semanas ele estará de volta às atividades de campanha. Bolsonaro fazia passeata na rua Halfed, um calçadão no centro da cidade mineira, quando foi atingido, às 15h45. Sofreu perfuração na altura do abdômen e no hospital passou por exames, sendo operado durante quatro horas. O estado de saúde era considerado estável, conforme o último boletim de ontem à noite. Jair Bolsonaro já havia reforçado sua escolta pessoal com seguranças à paisana que se passam por fãs e a diretoria da Câmara Federal reforçou a segurança do presidenciável nas dependências da Casa no mês passado, em alerta diante da onda de gente desconhecida que vem cercando o postulante. A Câmara destacou um veterano segurança da Casa para acompanhá-lo, inclusive, dentro do gabinete. Meses atrás, um amigo do Paraná, ligado à Renovação Carismática da Igreja, enviou uma mensagem por whatsapp para Bolsonaro, prevendo um atentado nas ruas.
Através do Twitter, concorrentes de Bolsonaro na disputa presidencial se manifestaram condenando a violência que ele sofreu. Ciro Gomes, do PDT, que foi informado do ocorrido quando se encontrava em Caruaru, Pernambuco, exigiu que as autoridades punissem os responsáveis por essa barbárie. Geraldo Alckmin, do PSDB, enfatizou: Política se faz com convencimento, jamais com ódio. Marina Silva, da Rede, chamou de inadmissível a violência contra Bolsonaro. Álvaro Dias frisou que a violência jamais deve ser estimulada. O presidente Michel Temer (MDB), considerou o ataque lamentável para a democracia e frisou que o país não pode tolerar gestos de intolerância política. Isso revela algo que devemos nos conscientizar. É intolerável a intolerância que tem havido na sociedade brasileira. É intolerável que falseiem dados na campanha eleitoral, concluiu Temer.
Da Redação, com Correio da Paraíba e agências