Pesquisa recente do Instituto Datafolha sinaliza para a perspectiva de renovação ao Senado em alguns Estados e indica que no Estado do Rio o candidato Flávio Bolsonaro, do PSL, filho do presidenciável Jair Bolsonaro, está empatado com Lindbergh Farias (PT), que postula a reeleição, enquanto Cesar Maia, do Democratas, adquire musculatura nas intenções de voto. Lindbergh Farias é natural de João Pessoa mas fez carreira política no Estado do Rio, tendo sido deputado e prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Flávio Bolsonaro passou a ganhar evidência após o atentado contra o pai, candidato a presidente da República, ocorrido em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante ato de campanha. Jair Bolsonaro foi esfaqueado por Adelio Bispo de Oliveira, que foi indiciado pela Polícia Federal sob acusação de infringir o artigo 20 da Lei de Segurança Nacional. Segundo a PF, o próprio Adelio afirmou, em depoimento, ter agido por razões políticas ou religiosas, o que deu base ao seu enquadramento na Lei de Segurança. Jair Bolsonaro, que foi transferido para o hospital Alberto Einstein, em São Paulo, está consciente e em boas condições clínicas, sendo avaliado por uma equipe multidisciplinar.
Flávio Bolsonaro, de 37 anos, afirmou em vídeo ao vivo veiculado no Facebook que o pai não deverá voltar a fazer campanha nas ruas nesta reta final para o primeiro turno das eleições. Segundo ele, Jair Bolsonaro está numa situação delicada, com dificuldades para falar. Ele não pode ir às ruas, mas nós podemos, enfatizou Flávio, ao deixar claro que a mobilização de rua será intensificada, junto com a bandeira do combate à violência. O senador Magno Malta, do PR-Espírito Santo, amigo da família de Jair Bolsonaro, afirmou ao chegar ao hospital Albert Einstein que o presidenciável só vai esperar, agora, tomar posse. Ele acredita que o candidato do PSL sairá vitorioso da disputa eleitoral, sem precisar ir às ruas fazer campanha. Flávio Bolsonaro negou, em vídeo, que o pai seja intolerante, como estaria sendo espalhado nas redes sociais. Ele também criticou a imprensa, que, a seu ver, teria responsabilidade no atentado contra o pai, ao tentar estigmatizá-lo como se fosse uma espécie de monstro.
Nonato Guedes, com agências