O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Marcos Vinícius da Nóbrega, conduz de forma absolutamente transparente o árduo projeto de construção da nova sede da Casa de Napoleão Laureano. Opera, de forma articulada, com os órgãos de fiscalização do dinheiro público como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado, com vistas a aferir ou quantificar custos do arrojado empreendimento para fazer valer uma de suas metas contidas no projeto, que é a de obter economicidade sem prejuízo dos objetivos maiores de proporcionar melhor acomodação para vereadores, funcionários e pessoas do povo, dotando a Capital da Paraíba de um Legislativo à altura das suas projeções de crescimento e de intensificação das demandas de seus habitantes.
Marcos Vinícius, aliás, tem se destacado como uma grata revelação no comando da Câmara Municipal em face da visão macro que adota sobre o funcionamento eficaz da instituição, o que lhe consagra, nesse quesito, como um excelente administrador, e, em paralelo, procura fazer da transparência uma marca registrada da sua biografia política. Além de recorrer ao MPE e ao TCE, o dirigente do legislativo pessoense incorporou o Iphan e o Iphaep, entidades comprometidas intrinsecamente com a preservação do patrimônio histórico, às discussões sobre como respeitar parâmetros de ordenamento estrutural de edificações numa área cujo entorno está plantado no Centro Histórico de João Pessoa, cidade conhecida como uma das mais antigas do País e como referência modelar no ajustamento dos seus monumentos primitivos à evolução contemporânea.
Não é uma preocupação irrelevante esse ajustamento de ordenamento urbano quando se recorda, com pesar, a tragédia que vitimou o Museu da História do Brasil no Rio de Janeiro há pouco tempo, com a eclosão de um incêndio que pôs a perder acervos valiosos, enlutando profundamente a Cultura e a historiografia do país tragédia essa provocada justamente pela incúria e desídia do poder público federal, que relegou a preservação da História a papel ordinário, marginal, como se não houvesse sensibilidade das gerações artísticas e culturais para com a magnitude dos acervos no concerto da formação das nacionalidades. No Brasil, ultimamente, degenerou-se entre inúmeros gestores a mentalidade de não considerar prioridade a manutenção de equipamentos históricos. Por essa visão tacanha, seriam outras as prioridades urgentes do povo e, de fato, há um sem número de prioridades. O problema é que nem se salva o que está para ser perdido, como o patrimônio histórico, nem se investe no que precisa ser salvaguardado, como as obras sociais, as medidas protetivas para o bem-estar das comunidades. Milhões e milhões de recursos são torrados sem dó nem piedade em algumas ilhas de mediocridade administrativa brasileiras, quando não desviados no meio do caminho para locupletar bolsos dos oportunistas e interesseiros de plantão, na política, na administração, na sociedade.
Conforta-nos saber que há exceções mesmo em Estados como a Paraíba, que poderiam ser vulneráveis à cupidez dos que querem se arrumar na política ou no governo, e que no afã de alcançarem esse desideratum mandam às favas todos os escrúpulos e usufruem à tripa forra do que não lhe pertence, do que é sagrado, porque tem o povo como dono. O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Marcos Vinícius da Nóbrega, já havia oferecido exemplos de valorização e compromisso com a Cidadania, aproximando o poder legislativo da população que representa. Lançou mão da austeridade quando foi preciso economizar dinheiro para aplicar no que é essencial. Agora, radicaliza na transparência, cônscio das suas responsabilidades no sentido de corresponder às expectativas de mudanças que têm ocorrido no interior da sociedade. É um trabalho digno de registro, até para que as novas gerações mirem-se nele como exemplo de que é possível agir com correção e lisura num País tão maltratado pelas influências deletérias de maus agentes incrustrados no serviço público.
Nonato Guedes