Se for eleito senador pela Paraíba, o candidato do Psol Nelson Júnior, professor, vai se empenhar no debate em defesa da descriminalização da maconha e na liberação da erva para fins terapêuticos, pelos médicos, e para fins recreativos, pela população. Foi o que ele expressou, ontem, ao ser sabatinado no programa Correio Debate, da rádio 98,3 FM. Júnior opinou que o Brasil enfrenta, hoje, uma situação delicada em relação à maconha. É preciso reconhecer a importância da cannabis sativa (nome científico da maconha) e o Congresso Nacional precisa discutir a questão, legalizar e liberar o uso da planta para fins recreativo e medicinal, insistiu.
A sua análise é de que, na conjuntura atual, com a proibição do uso de maconha, é maior o incentivo ao crime organizado. Com a legalização, acredita o professor, o governo teria o controle do produto e poderia cobrar impostos sobre a comercialização do mesmo. Não posso fugir da discussão de um problema que existe e que muitos só têm coragem de falar quando estão fora do poder, como fez Fernando Henrique Cardoso (PSDB), acrescentou Nelson Júnior. O candidato do Psol informou que também pretende defender no Senado a revogação das reformas feitas pelo governo do presidente Michel Temer. É dever do Congresso anular as reformas aprovadas na gestão atual, enfatizou, pontuando que o futuro presidente não terá condições de investir em segurança, educação e saúde porque o atual governo congelou os investimentos por 20 anos. Isso não pode continuar, verberou ele.
O postulante do Psol ao Senado defendeu o caráter social da Universidade Estadual da Paraíba, UEPB, que tem 50% de seus alunos oriundos das escolas públicas. Disse que no Senado igualmente pretende defender a educação básica de forma unificada, do Rio Grande do Sul ao Amazonas. O poder público tem que priorizar mais a educação, implantando escolas em tempo integral com professores melhor remunerados, acentuou. Ele se manifestou sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, opinando que ele é inocente diante das acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Isso não me torna eleitor do PT, mas quero o Lula candidato para dizer a ele que voto no Guilherme Boulos, candidato do meu partido à Presidência da República, explicou.
Da Redação, com Correio da Paraíba