O deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PSB), candidato a uma vaga no Senado, assumiu o compromisso, se eleito, de levantar a discussão acerca da necessidade de revogação da emenda constitucional que congela os gastos públicos por 20 anos, a chamada PEC dos gastos. O parlamentar declarou que a Câmara e o Senado precisam ter sensibilidade para revogar uma medida que está prejudicando setores essenciais como a saúde, educação e infraestrutura do país. Falando ao Correio Debate, da rádio 98,3 FM, Veneziano foi além e prometeu enfrentar os privilégios nos três Poderes.
Não se pode dar o exemplo sem levar o exemplo de casa, argumentou o deputado, salientando que o Estado brasileiro priorizou o que não é prioridade e a questão precisa ser encarada pelos futuros senadores e deputados. Todos os representantes dos três níveis têm que oferecer respostas nos municípios, nos Estados e na União, reforçou. Ao ser provocado a comentar sua postura pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) depois que ela nomeara seu irmão, Vital do Rêgo Filho, para ministro do Tribunal de Contas da União, Veneziano reagiu: Vitalzinho não foi beneficiado pela presidente Dilma. Ele foi escolhido pelo Senado. Não foi nomeado por favor. Em casos como o dele, o presidente da República só referenda uma escolha do Senado.
Indagado sobre as razões de ter conseguido nomeações no âmbito do governo federal e, em seguida, ter votado contra Dilma, Veneziano respondeu que fez apenas uma indicação, para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na Paraíba. Relata que quando o PMDB fechou questão contra a presidente, o cargo foi devolvido. A incoerência não é um traço do histórico da família Vital do Rêgo, expressou Veneziano. Ex-prefeito de Campina Grande por dois mandatos, ele revelou que está na disputa por uma cadeira no Senado porque tem história e coerência. Nas andanças pela Paraíba, tenho sentido receptividade do povo ao meu nome, frisou.
Além de ter sido prefeito, Veneziano foi vereador em Campina Grande. Como deputado federal, segundo ele, produziu em três anos e meio mais de mil projetos de lei e emendas constitucionais importantes para a Paraíba e para o Brasil. Comentou que ingressou nos quadros do PSB atendendo a um convite formulado pelo governador Ricardo Coutinho e que, além de estar engajado na campanha do candidato ao governo João Azevêdo, confia nas suas possibilidades de êxito. Com certeza, eleito senador, serei parceiro do futuro governante da Paraíba, que eu espero que seja João Azevêdo, concluiu Veneziano.
Da Redação, com Correio da Paraíba