O jornalista Gilson Souto Maior postou mensagem nas redes sociais analisando a situação da imprensa paraibana. Segundo ele, o jornalismo, nas mais diversas áreas, está capengando e pede socorro. “Tá difícil ser jornalista, numa terra onde falta coragem para se investir, num produto que todos precisam: a informação”.
Abaixo a postagem na íntegra:
Com novos profissionais chegando ao batente jornalístico fico extremamente preocupado, como jornalista e apaixonado que sou pela comunicação. Confesso minha preocupação, pois já não temos hoje tantas opções de empregabilidade como antes, onde as opções para um apesentador (locutor-âncora), redator, repórter, revisor e editorias diversas, empregavam e davam chances aos profissionais da área, no rádio, Tevês e jornais impressos.
Atualmente, pelo menos em nossa Paraíba, o jornalismo em determinadas áreas capenga e pede socorro. O rádio não é mais o mesmo, com uma enorme crise de investimentos, com a maioria da emissoras padecendo de programações próprias. São horários vendidos, em prejuizo para uma linha editorial séria, e, com isso, sem a conquista da credibilidade dos ouvintes.
Nas principais cidade, Campina Grande e João Pessoa, que poderiam abserver um bom contingente de profissionais, poucos radialistas/jornalistas que queiram trabalhar com seriedade têm chances. Para esses as oportunidades de emprego são pequenas e quase inexistem. Com raras exceções, temos um rádio de alguns oportunistas empresários, com profissionais que se se apresentam como verdadeiros testas de ferro dos donos da mídia, na busca de verbas governamentais. O número de desempregados é grande.
Com as mudanças que virão, por conta do cenário político, com a população disposta a não dar guarida aos políticos desonestos, que investem na mídia para fazer os seus nomes, talvez esse cenário possa mudar, no futuro, pois a fiscalização vai ser mais intensa nas verbas governamentais.
No jornalismo impresso, por sua vez, as oportunidades de emprego são poucas, pois apenas dois jornais estão em circulação na Paraíba, noutros tempos, muito forte neste hoje sofrido segmento jornalístico.
É uma pena o rádio e o jornalismo impresso, que temos, no momento, incapazes de oportunizar mais chances de empregos aos novos nomes da comunicação. No rádio, como já dissemos, pela falta de investimentos dos empresários do setor, que, não sei o motivo, não acreditam nesse veículo de tanta popularidade e eficiência comunicativa e, no jornalismo impresso, pela crise do fechamento de importantes empresas, como foi o caso dos períódicos O Norte e Diário da Borborema.
Restam-nos apenas a mídia eletrônica televisiva, que ainda resiste aos avanços de uma tecnologia necesária, mais ingrata, que com as facilidades das ferramentas da Internet, infelizmente não vêm empregando como se esperava. E o pior! Não estão dando retorno publicitário aos senhores empresários, que fecharam jornais impresso, e partiram para o jornalismo online, esperando um maior faturamento. Qubraram a cara! Esse retorno não veio. Tá difícil ser jornalista, numa terra onde falta coaragem para se investir, num produto que todos precisam, A INFORMAÇÃO!