O senador José Maranhão, candidato ao governo do Estado pelo MDB, foi enfático ao desmentir, ontem, as insinuações de que, caso seja eleito, irá privatizar a Cagepa. Em entrevista a uma emissora do Sistema Correio de Comunicação, o parlamentar informou, ainda, que vai tratar o Empreender de maneira diferente do tratamento dado pelo governo Ricardo Coutinho atualmente. É preciso lisura. O programa deve ter seriedade e transparência. Um gestor que se preze não faz o que ele (Ricardo Coutinho) fez com o Empreender, acrescentou.
O programa, que consistiu na liberação de recursos pelo governo para interessados em soerguer micro-negócios, enfrenta demandas na Justiça com acusações de irregularidades e favorecimento a apaniguados políticos do socialista Ricardo Coutinho. O desembargador Carlos Beltrão, que está prestes a assumir a presidência do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, resolveu pedir pauta para julgar a Ação de Investigação Judicial Eleitoral do Empreender, versando sobre denúncias de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2014 por meio do referido programa.
José Maranhão opinou que a administração de Ricardo aumentou drasticamente os gastos em período eleitoral e previu: Ele (o governador) ficará zangado com a repercussão negativa e virá com os desaforos que todos conhecemos. O candidato do MDB revelou que sua prioridade, caso seja eleito, será uma grande obra de esgotamento sanitário na Paraíba a fim de proporcionar melhores condições de saúde pública à população. O emedebista frisou que vai levar o esgotamento a todos os municípios mediante a concretização de parcerias públicas-privadas, com a Cagepa à frente.
Governador da Paraíba em três oportunidades, Maranhão disse que a Cagepa é uma empresa que cumpre uma função social e tem história e tradição em serviços prestados à população. O candidato do MDB prometeu que, se eleito, vai restabelecer a paridade salarial entre policiais da ativa e da reserva (aposentados) e adiantou que irá restabelecer a data-base do funcionalismo público estadual. Não há nada mais desumano do que alguém dedicar a vida ao serviço público e chegar na aposentadoria com metade do que ganhava na ativa. O conceito de aposentadoria não é conceito de favor. É um direito legítimo e também não é justo que um aposentado volte a trabalhar para completar seu benefício, pontuou José Maranhão.
Nonato Guedes