A corrida presidencial torna-se cada vez mais dramática na reta final para o primeiro turno. Uma pesquisa divulgada, ontem, pelo Ibope, revelaque o candidato Jair Bolsonaro, do PSL, mantém-se na liderança com 28% das intenções de voto, seguido por Fernando Haddad, do PT, com 22%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O Ibope apontou outro dado este, surpreendente: num eventual segundo turno, Bolsonaro seria superado pelo petista (43% a 37%).
Em terceiro lugar aparece o candidato do PDT Ciro Gomes, ex-ministro e ex-governador do Ceará, que detém 11%, seguido por Geraldo Alckmin, do PSDB, com 8% e Marina Silva (Rede Sustentabilidade) com 5%. Além de Haddad, Bolsonaro é superado por Ciro (46% a 35%), e por Alckmin (41% a36%) nos cenários de segundo turno simulados pelo Ibope. Empataria com Marina Silva (39% a 39%). A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de São Paulo, tendo entrevistado 2.506 eleitores nos dias 22 e23 de setembro em 178 cidades brasileiras. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral.
Bolsonaro, que refreou o ritmo pessoal de campanha por ter sido hospitalizado após ser esfaqueado durante evento em Juiz de Fora, Minas Gerais, é alvo de intenso bombardeio de mulheres nas redes sociais, incluindo atrizes e artistas famosas, que o consideram machista, misógino e sem nível. A ex-presidente da República, Dilma Rousseff, que lidera intenções de voto ao Senado pelo PT em Minas Gerais, também atacou Bolsonaro, dizendo que ele não tem compromisso com a democracia nem respeita os direitos humanos. Manifestações contra Bolsonaro estão programadas para ocorrer até o final do mês em diferentes Capitais brasileiras.
O capitão reformado, de acordo com os dados liberados pelo Ibope, também lidera no quesito rejeição, com 46% dos eleitores declarando que não votariam de jeito nenhum no candidato do PSL. Em seguida, aparecem Fernando Haddad (30%), Marina Silva (25%), Geraldo Alckmin (20%), Ciro Gomes (18%), Henrique Meirelles, cabo Daciolo, Eymael e Guilherme Boulos, com 11% cada. Na opinião de analistas políticos,Bolsonaro ainda mantém percentuais confortáveis diante das propostas focadas na Segurança, um assunto que preocupa consideráveis parcelas da sociedade.