O presidente do diretório regional do Partido dos Trabalhadores na Paraíba, Jackson Macêdo, minimizou, ontem, a polêmica que surgiu após ter sido efetuada pelo PT nacional uma doação de R$ 500 mil para Malu Vinagre, candidata a deputada estadual pelo Pros e irmã do deputado federal André Amaral, que também postula reeleição. A doação provocou protestos do deputado estadual Zé Paulo, que busca se reeleger, e do vereador pessoense Marcos Henrique, candidato a deputado federal. Eles disseram que a doação foi desproporcional, já que os candidatos do PT receberam R$ 44 mil.
Ao descartar as insinuações de ilegalidade na doação, o presidente estadual petista Jackson Macêdo alegou que está havendo tempestade em copo dagua, uma vez que o Pros é aliado do PT em nível nacional. Para ele, a iniciativa faz parte do jogo político, não havendo, portanto, nenhuma anormalidade. Além do PT, outros partidos têm feito doações generosas para candidatos de outras siglas, como forma de reforçar a disputa proporcional, enquanto candidatos de suas legendas dizem que estão de pires na mão, em busca de recursos noticiou a coluna Informe, do Correio da Paraíba.
Em princípio, ao ser abordado por jornalistas a respeito da alegada transação, Jackson Macêdo sugeriu que fosse feita uma apuração melhor sobre o critério estabelecido pelo Pros para que candidatos a cargos proporcionais recebessem doação oriunda do Partido dos Trabalhadores. Jackson não escondeu seu incômodo com a versão de setores da mídia de que a agremiação a que pertence estaria fazendo afagos monetários com segundas intenções. Ainda arrematou: Se me perguntarem se eu concordo com uma doação desse tipo (meio milhão de reais a um candidato de outro partido, enquanto candidatos do PT não receberam nada, eu não concordo. De acordo com ele, o PT possui 25 candidatos a deputado estadual e apenas quatro receberam doações na atual campanha emandamento.