De passagem, ontem, por João Pessoa, onde fez campanha, a candidata a presidente da República Marina Silva (Rede) criticou a divisão e o clima de instabilidade no país, responsabilizando o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e o Partido dos Trabalhadores, por essa situação. De acordo com ela, a população brasileira não precisa ficar entre a cruz e a espada a cruz da corrupção e do PT e a espada da violência de Bolsonaro. Marina procurou se apresentar como alternativa para mudar o Brasil e fazer o país voltar a ter credibilidade e seguir unido.
Na reta final da campanha para o primeiro turno, Marina desembarcou em João Pessoa em avião de carreira e cumpriu agenda na Lagoa do Parque Solon de Lucena, onde falou com comerciantes e outras pessoas. Nós somos uma alternativa, um caminho para unir o Brasil, ajudar na geração de emprego, oferecer saúde de qualidade, educação que cria oportunidade para os nossos jovens e principalmente para o Brasil. De acordo com Marina, o Brasil não pode ficar na situação em que se encontra a Venezuela hoje. O que a gente está vendo é o perigo do PT e Bolsonaro levarem o Brasil ao descontrole, desunindo o povo brasileiro. Uma casa dividida não tem como subsistir, ponderou.
A programação da candidata da Rede foi iniciada com almoço em um restaurante na Praça da Independência. Em seguida, Marina e apoiadores realizaram uma caminhada no Parque Solon de Lucena. Ela concedeu entrevista coletiva e disse que estava percorrendo todo o país para apresentar seu plano de governo denominado Vida Digna, por meio do qual pretende gerar dois milhões de empregos através de energia renovável. Uma pesquisa do Ibope divulgada ontem aponta que Jair Bolsonaro subiu quatro pontos percentuais e agora tem 31% de intenções de voto na corrida presidencial. Fernando Haddad, do PT, continua em segundo lugar, mantendo 21%. Em terceiro aparece Ciro Gomes, do PDT, com 11%. Marina Silva tem 4%, enquanto Geraldo Alckmin, do PSDB, obteve 8%. Os votos brancos e nulos totalizaram 12% em 208 cidades brasileiras pesquisadas pelo Ibope entre os dias 29 e 30 de setembro.
Nonato Guedes