O governador eleito da Paraíba, João Azevêdo, caminha para um céu de brigadeiro em termos de sustentação política na Assembleia Legislativa a partir de janeiro quando receber o bastão do governador Ricardo Coutinho, seu principal cabo eleitoral. A expectativa é de que, entre deputados do PSB e de partidos remanescentes da coligação que disputou o pleito domingo, Azevêdo venha a dispor do apoio de 22 deputados de um total de 36. Desses, oito serão da bancada do PSB, partido do governador atual e do sucessor. Na oposição, estarão 14 deputados.
Uma das surpresas extraída das urnas do primeiro turno foi o definhamento experimentado na Paraíba por legendas como o PSDB e MDB. Para a próxima legislatura, os tucanos perderam uma cadeira e contarão com apenas três deputados. O MDB foi o mais afetado saiu de uma bancada de quatro parlamentares para apenas um. Partidos como o Democratas e o PT foram praticamente varridos da composição da nova legislatura estadual. O Partido Socialista experimentou um crescimento da ordem de 60% se comparado com a atual legislatura, para a qual apenas cinco se elegeram.
De acordo com informações do jornal Correio da Paraíba, mal foi encerrado o processo eleitoral e já teve início a articulação, nos bastidores, pelo controle da presidência da Casa, exercida por Gervásio Maia, que foi eleito deputado federal. Pelo menos seis nomes já despontariam com chances para formação da nova Mesa Diretora. Ainda no domingo, a deputada eleita e a mais bem votada Aparecida (Cida) Ramos, do PSB, anunciou o interesse na disputa para presidir a Casa de Epitácio Pessoa. Ontem, o deputado estadual reeleito Jeová Campos avisou que tem interesse em postular a vaga.
– Embora esteja chegando agora, acredito que a votação que obtive me credencia a cogitar a possibilidade de disputar a presidência do Legislativo justificou Cida Ramos, enquanto Jeová Campos se colocou à disposição do seu partido,lembrando que o atual governador Ricardo Coutinho e o futuro, João Azevêdo, serão decisivos na composição do processo. Outros nomes fortes para a direção do colegiado de 36 deputados são os de Ricardo Barbosa, Hervázio Bezerra e Rubens Germano, todos do PSB. Observadores políticos avaliam que Ricardo Barbosa larga com maiores chances na costura de apoios políticos. Um nome que volta a frequentar cogitações é o de Adriano Galdino, também do PSB, que antecedeu Gervásio Maia na presidência da Assembleia.
O governador eleito João Azevêdo já emitiu declarações sinalizando o interesse prioritário em contar com a colaboração de políticos da nova composição da Casa de Epitácio Pessoa, acenando com diálogo mediante o concurso de interlocutores políticos com habilidade. Dezessete partidos compõem a nova configuração da AL o PSB, com oito, o Avante, com quatro, Pode e PSDB com três,cada, PTB, PP, PSL, PPS e Patriotas ,com dois, cada,PR, PSD, PSC, PRB, MDB, PCdoB, PRTB e Rede com um, cada.
Nonato Guedes