A deputada estadual Daniella Ribeiro (PP), eleita primeira senadora na história política da Paraíba, admitiu que o esquema do governador Ricardo Coutinho (PSB) jogou pesado no último pleito, praticamente tratorando a oposição no Estado mas observou que, de sua parte, sobreviveu ao rolo compressor e obteve uma votação consagradora. Nos bastidores políticos, Daniella está sendo apontada como principal liderança da oposição paraibana, depois que os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB) e José Maranhão (MDB) foram derrotados, juntamente com o esquema do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), cujo irmão, Lucélio, disputou o Palácio da Redenção.
Daniella salientou que foi lamentável a derrota do senador Cássio Cunha Lima na luta pela reeleição e que não sabe a que atribuir esse desfecho, adiantando que o próprio parlamentar deve estar fazendo uma avaliação dos fatores que ocasionaram o revés. A parlamentar deixou claro que fez uma campanha casada com a do senador Cássio, honrando o compromisso firmado por ocasião da montagem da aliança eleitoral. Ela informou que está aprofundando a abordagem de temas essenciais que deverão pontuar a sua atuação na tribuna do Senado a partir de janeiro. O foco de Daniella é direcionado para demandas nacionais e para problemas locais. A questão da Segurança, para ela, é prioridade número um, diante da escalada que tem se verificado e da impunidade por parte do aparelho repressor na punição aos autores de homicídios e outros atos violentos.
A senadora eleita frisou que uma de suas funções no novo mandato será a luta para conseguir a alocação de recursos no Orçamento Geral da União com vistas a beneficiar o Estado da Paraíba. Nesse sentido, asseverou que vai se empenhar ao máximo, mobilizando outros integrantes da bancada paraibana, independente de sigla partidária. Deixou claro que reconhece a urgência do repasse de recursos federais como contrapartida a medidas impostas pela União ao Estado e entende que somente através da vontade política é que serão alcançados resultados favoráveis. Daniella pontuou estar consciente quanto à dimensão da responsabilidade do Congresso Senado e Câmara, na nova legislatura, para o enfrentamento de desafios que foram se acumulando nos últimos anos.
Por fim, evidenciou a necessidade de retomada da articulação pela cobrança da aceleração e continuidade de obras da transposição de águas do rio São Francisco, advertindo que o projeto tem sofrido interrupções que causam transtornos às populações do semi-árido. A gestão federal não pode ficar engessada ou obstaculada para levar à frente o cronograma estabelecido, diante da expectativa favorável disseminada nos segmentos da sociedade. E é nosso dever cobrar esse desideratum, explicitou a senadora eleita.
Nonato Guedes