O senador Cássio Cunha Lima, que é vice-presidente do Senado e está concluindo seu mandato naquela Casa, insiste numa autocrítica do PSDB em cima dos resultados das eleições deste ano para definição sobre o futuro da agremiação. No seu ponto de vista, o PSDB precisa urgentemente reconectar-se com a sociedade porque este foi um dos recados implícitos nas urnas das eleições recentes. O partido, evidentemente, ainda tem muita contribuição a dar ao país, porém, é fundamental que altere suas posturas, argumentou o senador que não foi reeleito pela Paraíba e elencou como um dos fatores da derrota o tsunami político que, a seu ver, afetou inúmeras legendas.
Em contato com a TV Correio, Cunha Lima chamou a atenção para o fato de que o PSDB paraibano volta à Câmara Federal com tamanho triplicado, ocupando o lugar que já pertenceu ao PMDB (hoje MDB) nas eleições de 2014, quando elegeu três deputados. Na nova legislatura, o PSDB será a única bancada do Estado no Congresso Nacional. Além de Pedro Cunha Lima, filho de Cássio, reeleito, foram vitoriosos nas eleições Ruy Carneiro, que retorna à Casa e Edna Henriques. Os três terão papel essencial para contribuir de forma decisiva na nova etapa e no novo momento que o PSDB estará vivendo na política brasileira.
Versões chegadas de Brasília sinalizam que Cássio não deverá assumir cargos públicos no próximo mandato, quando já terá se despedido do Congresso. Seu desejo seria o de advogar nos tribunais superiores, com banca instalada na Capital Federal. Mas, conforme o colunista Edinho Magalhães, do jornal Correio da Paraíba, Cunha Lima teria sido sondado por grupos nacionais para atuar também como consultor econômico sobre o sistema financeiro-bancário, em meio às discussões da reforma tributária. Cássio não descarta a possibilidade de vir a assumir a presidência do diretório estadual do PSDB com a missão de preparar a legenda para os futuros embates. Mas ainda haverá muita conversa nesse sentido, ponderou ele.