Está programada para terça-feira próxima a primeira reunião do governador eleito João Azevedo (PSB) com a equipe de transição que atua junto ao atual governo de Ricardo Coutinho, colhendo informações sobre a realidade administrativa do Estado. O encontro servirá para conhecimento e avaliação do primeiro diagnóstico acerca da situação que Azevedo herdará a partir de primeiro de janeiro. Fontes ligadas a Azevedo ressaltam que será, também, uma oportunidade para que ele comece a sinalizar o próprio perfil na condução da administração estadual.
A comissão de transição é presidida pelo secretário-chefe da Controladoria Geral do Estado, Gilmar Martins e compõe-se, ainda, do procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, da secretária de Administração Livânia Farias, da secretária de Finanças, Amanda Rodrigues, do secretário da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia Deusdete Queiroga Filho e pelo secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Waldson Souza. Pelo que já antecipou Azevedo, o secretariado do novo governo começará a ser conhecido na última semana de novembro. Até lá, o novo gestor pretende ter um plano de ação para os primeiros dias de atuação.
Integrante do governo que está se encerrando, como titular da secretaria de Infraestrutura, o novo gestor deseja ter uma visão abrangente de outros setores estratégicos que compõem o organograma administrativo. Azevedo já deixou claro que pretende modernizar as instalações de repartições do Estado, bem como reformar e ampliar o Centro Administrativo localizado no bairro de Jaguaribe. Ao mesmo tempo, tenciona democratizar as relações com os servidores e o cidadão, com vistas a um atendimento mais eficaz. Foi apresentado a Azevedo um projeto piloto de digitalização de processos, que teoricamente aumenta a transparência e facilita a vida do cidadão em atos como pedido de aposentadoria ou abono-permanência, com a implantação do governo eletrônico (e-gov). Frisou que, com isso, o cidadão terá acesso, de sua casa, aos serviços que o Estado presta, quando não houver necessidade da presença física, reduzindo custos e aumentando a transparência. O governador tem elogiado o clima de entrosamento entre os auxiliares da gestão Ricardo Coutinho e os que foram designados por ele para preparar a transição.
Por sua vez, na reta final da sua administração, Ricardo Coutinho relembrou que não disputou o Senado para manter a unidade do projeto que vem desenvolvendo nos últimos anos e que, conforme enfatiza, mudou a cara da Paraíba. Na sua opinião, esse projeto terá continuidade com João Azevedo, em quem apostou todas as fichas. Fiquei governador e não fui para o mandato no Senado, preferi permanecer para o mandato ter continuidade e lutarei, agora e depois, para que o projeto continue vivo, esclareceu Ricardo Coutinho.