O deputado estadual Gervásio Maia (PSB), presidente da Assembleia Legislativa, ultima os preparativos para encerrar sua gestão na ALPB e iniciar o mandato como deputado federal, para o qual obteve expressiva votação. Ele revelou, ontem, que pretende ter uma atuação marcante em defesa das pautas de interesse da Paraíba, agindo como voz ativa no encaminhamento das demandas mais essenciais. Acrescentou que pretende exercer com cautela e responsabilidade o papel de deputado oposicionista, criticando o governo de Jair Bolsonaro quando houver necessidade e elogiando as ações concretas que forem adotadas em benefício da sociedade.
Gervásio segue a liderança política do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, que está concluindo o segundo mandato e que empalmou a candidatura do petista Fernando Haddad, além de ser um defensor intransigente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que considera ser vítima de injustiça por estar preso em Curitiba sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O governador Ricardo Coutinho não tem alimentado expectativas otimistas com relação ao governo de Jair Bolsonaro, identificando em escolhas de ministros e em pronunciamentos dele alguns sinais de retrocesso institucional, mas é confiante na pressão da sociedade com vistas a modificar a rota conservadora que for traçada pela futura gestão.
O presidente da Assembleia informou que deverá ser entregue hoje ou, no máximo, até segunda-feira, o parecer da Procuradoria-Geral da Casa sobre requerimento que aponta possíveis irregularidades no Projeto de Emenda Constitucional de autoria do deputado Ricardo Barbosa (PSB) que prevê o fim da reeleição à presidência da Assembleia e também impede a antecipação da eleição da Mesa Diretora. Maia assegurou que o parecer será totalmente pautado no regimento interno da Casa e, qualquer que seja o resultado, será aceito pelos parlamentares. Gervásio lembrou que tanto ele como o antecessor Adriano Galdino se empenharam em preservar o regimento da ALPB, contrariando práticas antigas que dificultavam a convivência parlamentar.
No que diz respeito à eleição do seu sucessor, Gervásio Maia evita tomar partido por qualquer nome, sobretudo de parlamentares que integram a bancada do PSB e que já se lançaram à disputa. Enfatizou que defende a unidade na escolha de um nome que tenha identificação com o projeto socialista e possa garantir a governabilidade da futura gestão de João Azevedo, assim como tem ocorrido com a administração do governador Ricardo Coutinho. Defendemos uma Mesa eclética, com representação de vários partidos, para que a Casa do Povo siga adiante, dando sua contribuição que deu ao longo dos últimos anos ao projeto do PSB, arrematou o presidente.
Nonato Guedes