A cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) foi adiada após exames apontarem uma inflamação na membrana que recobre a parede abdominal. Após Bolsonaro passar por uma bateria de exames pré-operatórios, ontem, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, médicos que acompanham seu caso consideraram que ele não está apto para nova cirurgia. A bolsa de colostomia que coleta suas fezes e gases, é decorrência do atentado a faca que ele sofreu em Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia seis de setembro, durante a campanha eleitoral.
O procedimento ocorreria após a diplomação de Bolsonaro como presidente pelo Tribunal Superior Eleitoral depois do dia 10 de dezembro. Entretanto, conforme boletim médico, a cirurgia somente será realizada depois de sua investidura, em janeiro. O boletim afirma textualmente: Encontra-se bem clinicamente e mantém ótima evolução, porém, os exames de imagem ainda mostram inflamação do peritônio e processo de aderência entre as alças intestinais. A equipe decidiu em reunião multiprofissional postergar a realização da reconstrução do trânsito intestinal. O paciente será reavaliado em janeiro para a definição do momento ideal da cirurgia.
O quadro de saúde do presidente eleito descrito no boletim médico é considerado normal em pacientes que passaram por situações semelhantes, de acordo com médicos ouvidos pela reportagem da Folhapress. O cirurgião do aparelho digestivo Diego Adão Fanti Silva diz: Adiar esse tipo de cirurgia nunca vai ser encarado como imprudente. A recuperação seria mais lenta se ela fosse feita agora.
Da Redação, com Folhapress