Das 9h às 17h realiza-se, hoje, a eleição da nova diretoria da Famup, Federação de Associações de Municípios da Paraíba, para o biênio 2019/2020, com dois candidatos a presidente registrados: o prefeito de Cubati, Eduardo Mendes (PSB), atual vice, e o prefeito de Sobrado, George Coelho, do mesmo partido. O presidente atual Tota Guedes decidiu não concorrer ao pleito por entender que já ofereceu sua contribuição à entidade por duas gestões. Ele ressalta o empenho em busca de uma eleição consensual. Teme que com a disputa possa acontecer um racha, num momento em que lideranças municipalistas estão buscando a convergência e o fortalecimento das suas lutas e reivindicações.
A diretoria da Famup é composta por 20 membros e atualmente 168,dos 223 prefeitos e prefeitas da Paraíba estão associados à instituição, com direito a voto. Tota Guedes anunciou, ontem, que os prefeitos irão contar com um repasse extra demais de 1% do Fundo de Participação dos Municípios para fechar as contas de fim de ano no verde. O repasse totaliza R$ 3,8 bilhões para prefeituras de todo o país e vai assegurar um aporte de quase R$ 200 milhões para os 223 municípios paraibanos. A previsão de repasse dos valores às contas das prefeituras é até sexta-feira, e os recursos referem-se à soma do que foi arrecadado com Imposto sobre Produtos Industrializados e Imposto de Renda desde dezembro de 2016 até o final de novembro deste ano.
Tota Guedes informou que muitos prefeitos tiveram que enxugar a máquina para não encerrar o ano no vermelho, inclusive aproveitar o período de recesso de final de ano, em que as escolas entram de férias para dispensar ocupantes de cargos comissionados e prestadores de serviço e buscar sanar as dívidas. A Famup ainda está procedendo a um levantamento de quantas prefeituras tiveram que tomar medidas de demissões em massa, de ocupantes de cargos comissionados e prestadores de serviços para conseguir fechar a folha de pessoal e saldar as dívidas. A maioria das demissões tem se verificado na área da Educação. Tota Guedes disse que a expectativa, na gestão Bolsonaro, é de que sejam atendidas as principais bandeiras de luta do movimento municipalista, com isto melhorando a situação das prefeituras. Antes de ser eleito, Bolsonaro procurou a cúpula da Confederação Nacional dos Municípios para debater a pauta do movimento, aprovando a maioria das reivindicações, incluída a redistribuição do bolo tributário com a realização de um pacto federativo. O presidente eleito sabe da importância dos municípios, frisou o dirigente da Famup.