Expoentes do PCdoB e do PPL na Paraíba examinam a possibilidade de fundir-se por uma questão de sobrevivência política, diante da ameaça de extinção embutida na cláusula de barreira que passou a vigorar a partir das eleições deste ano. Uma comissão já foi instituída para tratar da junção das duas legendas, denominada Lace, contando com membros dos dois partidos. Os dirigentes também deflagraram discussões sobre estratégias políticas-eleitorais prevendo o lançamento de candidaturas próprias a prefeituras de João Pessoa e Campina Grande em 2020.
Na Capital, um dos nomes cotados para pré-candidata a prefeita é o da presidente estadual do PCdoB, Gregória Benário, que foi candidata a deputada federal nas últimas eleições. Enquanto isso, em Campina Grande, o nome em pauta é o do deputado estadual reeleito Inácio Falcão pelo PCdoB. O presidente do PPL, Francisco de Assis Pereira, o Chico do Sintram, informou que a comissão foi criada em congresso ocorrido no final de semana em São Paulo, quando foram iniciados os entendimentos oficiais para a fusão das duas agremiações, que buscam o protagonismo na faixa de esquerda e a formação de uma frente democrática, que deverá implantar o comunismo patriota brasileiro, na oposição ao presidente eleito Jair Bolsonaro.
Gregória Bernardo deixou claro que os participantes do atual processo não querem se subordinar a ninguém. Por isso, teremos candidaturas próprias nas principais cidades e temos quadros para essas candidaturas nos dois partidos, que se constituirão em um só no próximo ano com a concretização da fusão, explicou. Há interesse, igualmente, em marcar presença no governo para o desenvolvimento da Paraíba, dentro dos limites demarcados pela frente de esquerda ora em gestação.