Repercutiu profundamente nos mais diversos setores da vida do Estado da Paraíba a notícia da morte, hoje à tarde, aos 78 anos de idade, do conselheiro José Marques da Silva Mariz, ex-secretário de Estado e ex-presidente e conselheiro do Tribunal de Contas, irmão do ex-governador Antônio Mariz, falecido em 95. Nascido a três de agosto de 1940, em João Pessoa, José Mariz era formado em engenharia elétrica e faleceu de infarto, hoje, no apartamento onde residia em Manaíra. Ele já vinha enfrentando problemas de saúde e tendo a assistência de parentes e familiares. Dois filhos dele, José Mariz e Diogo Mariz, candidataram-se a vereador em João Pessoa mas sem êxito.
José Mariz teve atuação destacada na Chesf, foi presidente da Companhia de Energia de Pernambuco e da Saelpa (hoje Energisa) na Paraíba. Foi secretário de Minas e Energia do governo de Pernambuco entre 1990 e 1991 e titular da Pasta do Planejamento da Paraíba em 1995, quando se investiu no governo o seu irmão Antônio Mariz, vítima de câncer de cólon. Ainda em 1995 José Mariz foi designado para a missão de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, onde teve atuação marcada pelos seus conhecimentos e méritos técnicos, mostrando-se especioso na apreciação de processos referentes ao julgamento de contas de administrações em diferentes esferas.
Casado em primeiras núpcias com Maria de Lourdes Bonavides Mariz Maia, filha do ex-governador João Agripino e atualmente radicada no Recife, José Mariz foi alvo de reconhecimento por parte de integrantes do Tribunal de Contas do Estado quando se aposentou daquele colegiado. Conselheiros como Fernando Catão ressaltaram a presteza e seriedade com que se portou no exercício de fiscalização das contas públicas, regendo-se pelo critério da transparência. José Mariz teve, ainda, manifestação favorável de outros homens públicos da Paraíba, uníssonos em apontar suas qualidades e o senso de justiça com que atuava na Corte de Contas e nos demais cargos públicos que exerceu. O sepultamento ocorrerá amanhã no cemitério Parque das Acácias, em horário a ser fixado ainda pelos familiares.
Nonato Guedes