A deputada estadual reeleita Camila Toscano, do PSDB, que é cogitada para liderar a bancada de oposição ao governo João Azevedo na Assembleia Legislativa a partir de fevereiro, informou que a definição sobre a liderança somente ocorrerá após a eleição da Mesa Diretora para os dois próximos biênios. Em declarações ao programa Correio Debate, da 98 FM, a deputada explicou que é importante aguardar a definição da Mesa devido à circunstância de que os deputados ainda não conhecem as composições que irão aflorar para as duas Mesas.
Camila Toscano advertiu que o bloco oposicionista constitui um terço da Assembleia Legislativa e votará unido nas eleições internas, daí a necessidade de conversar com candidatos e defender a formação da Mesa eclética com participação de deputados da oposição. A respeito das especulações sobre sua indicação para a liderança, a deputada destacou que se sente honrada mas que há outros nomes com receptividade, sendo conveniente aguardar o posicionamento da maioria. A respeito do comportamento dos novos deputados, eleitos em outubro, Camila disse que numa reunião com eles ficou clara a vontade de trabalhar pela Paraíba. Eles chegarão na Assembleia para o primeiro mandato com muita garra e disposição para fazer o melhor pelos paraibanos, diagnosticou.
No bloco governista, persiste a expectativa sobre definição do candidato a presidente da Assembleia para o segundo biênio. Já está firmado o consenso quanto à eleição do ex-presidente Adriano Galdino para dirigir a Casa no primeiro biênio a se instalar em fevereiro. Para o segundo biênio da nova legislatura, estão bem cotados os deputados Hervázio Bezerra, Jeová Campos e Cida Ramos, todos do agrupamento socialista. Correndo por fora, o deputado Tião Gomes, do Avante, acredita que tem chances no páreo e diz que mantém a postulação.
Hervázio Bezerra insistiu em que merece uma recompensa pela sua lealdade ao governo de Ricardo Coutinho e ao PSB. Não estou colocando na balança quem fez mais ou menos, mas não passo ser hipócrita. Minha trajetória, meu compromisso e lealdade com o PSB, na defesa do nosso projeto político e com o governador Ricardo Coutinho, me credenciam para a função. Todos têm legitimidade para pleitear o cargo, mas não posso esconder que meu compromisso e minha dedicação pesam e muito nesse processo, afiançou.
Nonato Guedes