O prefeito interino de Cabedelo, Vítor Hugo, do PRB, foi o primeiro a registrar, ontem, sua candidatura à eleição suplementar para o executivo municipal marcada para o dia 17 de março. Ele concorrerá ao mandato-tampão de prefeito pela coligação A Força do Trabalho, composta pelo PRB, PSB, DEM e MDB, tendo como candidato a vice o ativista cultural Aguinaldo Silva, ex-presidente do PSB na cidade portuária. O prazo para registro de chapas termina hoje e deverão se inscrever, ainda, Eneide Régis, do PSD, tendo como vice Janderson Brito, do PSDB, Marcos Patrício, do PSOL, com Françualdo Alves, do PCdoB, na vice e José Eudes, do PTB, cujo vice é o jornalista Paulo Nogueira, do Podemos.
Ontem, o juiz da quinquagésima sétima Zona Eleitoral de Cabedelo, Salvador de Oliveira Vasconcelos, decidiu manter a convenção realizada pelo diretório municipal do PT que deliberou apoiar a pré-candidatura do vereador José Eudes a prefeito, compondo a coligação É Tempo de Mudança. O magistrado deferiu uma tutela de emergência em ação anulatória cumulada com obrigação de fazer, movida pelo diretório municipal do partido contra ato da direção estadual do PT que anulara a convenção realizada no último dia 13, determinando que a sigla se coligasse com o PSOL e o PCdoB em torno de Marcos Patrício, sem o devido processo legal interno.
Na apreciação do pedido de tutela de urgência sobre o caso, o juiz Salvador de Oliveira considerou que a Executiva Estadual do PT não tem legitimidade para tentar intervir na decisão e não deve tentar deliberar novamente acerca de uma provável eleição. Mesmo com a recomendação para que a Executiva estadual se abstenha de novas deliberações acerca da anulação da convenção, o presidente do PT Jackson Macedo disse que vai recorrer da decisão e buscar a adoção de medidas para resolver o impasse dentro do próprio estatuto do partido. O processo eleitoral suplementar em Cabedelo foi agendado após a concretização da renúncia do então prefeito Wellington (Leto) Viana em 16 de outubro de 2018. Leto está preso em João Pessoa, denunciado na operação Xeque-Mate, da Polícia Federal e Ministério Público, que apurou desvio de verbas na prefeitura de Cabedelo.
Da Redação, com informações de Adriana Rodrigues, do Correio da Paraíba