Estão praticamente definidos os nomes de Adriano Galdino como candidato a presidente da Assembleia Legislativa no primeiro biênio a se instalar em fevereiro e do deputado Hervázio Bezerra como presidente da Mesa no segundo biênio. Ambos são do PSB e Adriano foi presidente da Casa antecedendo a Gervásio Maia, que está deixando o Legislativo para assumir cadeira de deputado federal. Hervázio, que durante muito tempo viveu na suplência, retorna à Assembleia turbinado no papel de titular do mandato e reforçado na liderança do governo João Azevedo, depois de ter exercido idêntico papel na gestão de Ricardo Coutinho e ter se caracterizado pela firmeza e lealdade.
Gervásio, numa entrevista, ontem, deu pistas que sinalizavam a escolha de Hervázio para o segundo biênio. Maia ressaltou que o nome escolhido para o referido período teria que ter um perfil de fidelidade e comprometimento com o projeto político do PSB, defendido pelo ex-governador Ricardo Coutinho desde quando era prefeito de João Pessoa. Até mesmo o deputado Wilson Filho, que ensaiou articulações para pleitear a direção no segundo biênio, admitiu votar em Hervázio. Estavam no páreo, ainda que informalmente, a deputada eleita Cida Ramos e o deputado reeleito Rubens (Buba) Germano, bem como Jeová Campos, todos do PSB. Correndo por fora, Tião Gomes, do Avante.
Nos meios políticos, a reação é de naturalidade diante da confirmação dos nomes. Em relação a Adriano Galdino, o consenso já estava firmado desde que ele se lançou ao páreo. A dúvida passou a rondar o segundo biênio, diante da inflação de pretendentes. O deputado Wilson Filho, que está trocando mandato de deputado federal pela cadeira de deputado estadual, reiterou que o comando do processo está confiado ao governador João Azevedo. Se for escolhido Hervázio, eu voto nele. Sou parte do governo, expressou. O desafio de Hervázio, a partir de agora, está sendo o de vencer resistências no bloco oposicionista à sua pretensão. Nas discussões internas com o Palácio da Redenção, dois pontos têm sido levados em consideração: a confiança do Palácio e a boa relação com todos os parlamentares, sejam governistas ou oposicionistas. A versão que circulou nas últimas horas é de que no final de semana tudo estará acertado para as duas Mesas.
Nonato Guedes, com informações do Correio da Paraíba