O ex-governador Ricardo Coutinho, recentemente empossado na presidência da Fundação João mangabeira, do Partido Socialista Brasileiro, com sede em Brasília, anunciou que está se preparando parra lançar no próximo dia 31, na Capital federal, o Observatório da Democracia, que será uma espécie de organismo de acompanhamento da conjuntura política-institucional no país, vigilante na denúncia de abusos ou ameaças à preservação do regime democrático. O Observatório socialista contará com parceria junto a fundações de outras siglas e como Ricardo confirma a prioridade estará focada no acompanhamento e na avaliação das ações do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Todos os doze deputados federais e os três senadores da legislatura que está se encerrando no final do mês, bem como parlamentares eleitos e reeleitos para a nova legislatura que terá início no próximo dia primeiro de fevereiro, foram convidados para participar da cerimônia em Brasília. As Fundações partidárias constituem Institutos de Estudos Políticos, e no caso da Fundação João Mangabeira, Ricardo Coutinho já deixou claro que trabalha com a perspectiva de dinamizar as suas atividades e fortalecê-la como instrumento de discussões, com possibilidade de fornecer subsídios para melhor compreensão da conjuntura vigente.
O ex-governador paraibano, que optou por não disputar um mandato ao Senado, embora a bolsa de apostas apontasse o seu favoritismo para uma das vagas, ressalta que ainda não estão nítidos os compromissos do governo de Jair Bolsonaro com a preservação da democracia no país. Ressalta que se não houver vigilância ou acompanhamento o atual governo se sentirá tentado a adotar posturas autoritárias ou antidemocráticas, atingindo setores da sociedade e agremiações políticas comprometidas com a defesa da democracia. Para Ricardo, Bolsonaro já sinalizou, desde a campanha eleitoral, que poderá colocar em risco conquistas que foram alcançadas com muita luta pelos trabalhadores. São avanços imprescindíveis e não iremos coonestar com retrocessos que porventura esse governo intente implantar no Brasil, acrescentou o ex-gestor paraibano.
Ricardo Coutinho salienta que iniciativas já colocadas em prática pela gestão de Bolsonaro indicam o seu atrelamento à ideologia de direita e o despreparo para a convivência democrática. O governo acredita que recebeu um cheque em branco para cometer práticas autoritárias que já foram renegadas pela sociedade brasileira em eleições com caráter de plebiscito na história política nacional, teoriza o ex-governador Ricardo Coutinho, sugerindo que a punição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um exemplo da perseguição política que estaria sendo travada pela gestão de Bolsonaro contra os segmentos que se opõem ao seu governo.
Nonato Guedes