Único senador pelo MDB da Paraíba, o ex-governador José Maranhão participa hoje às 15h em Brasília de uma reunião convocada pela líder do partido, Simone Tebet, do Mato Grosso do Sul, para decidir se a agremiação terá ou não candidato a presidente do Senado para a próxima legislatura, em substituição a Eunício Oliveira, que está concluindo gestão e mandato. Maranhão não antecipou qual o posicionamento que pretende adotar, salientando que o seu interesse é o de se informar sobre as articulações de bastidores e eventuais chances do partido num confronto.
Dentro do MDB, o senador Renan Calheiros (Alagoas) articula-se ostensivamente para voltar a presidir o Senado e alardeia que é detentor de trânsito em diferentes partidos, mas ele tem um histórico de desgaste à frente da direção da Casa e do próprio exercício do mandato e aparentemente encontra na sua colega Simone Tebet uma adversária respeitável. Por ser o parlamentar mais antigo em atuação no Congresso, Maranhão poderá vir a presidir a sessão que elegerá o novo dirigente daquela instituição. O senador paraibano alerta que o novo Congresso terá responsabilidades redobradas, em virtude da cobrança generalizada da opinião pública por um comportamento mais proativo e, também, pela necessidade de se posicionar frente a matérias controversas encaminhadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em seus cálculos para ganhar a indicação da bancada do MDB, Renan Calheiros conta com um importante eleitor: Jarbas Vasconcelos, de Pernambuco. Aliás, prevenindo-se para a hipótese de não vir a ganhar no plenário, o alagoano cogita lançar o nome de Vasconcelos e, com isto, barrar as pretensões de Simone Tebet, conforme revela o colunista Maurício Lima, da revista Veja. Rival de Renan no Senado, Davi Alcolumbre, do DEM, pede votos pelo país de jatinho. No dia primeiro, levou um susto. Ao ir da posse de Ronaldo Caiado, em Goiás, para a de Bolsonaro, foi perseguido por um caça da FAB que controlava a entrada no espaço aéreo de Brasília. Teve de se afastar da cidade e dar voltas no ar por quase meia hora.
Nonato Guedes