O desembargador Ricardo Vital decretou a prisão preventiva de Livânia Farias (secretária de Administração do Estado) e de Daniel Gomes da Silva.
O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público Estadual, no processo da Operação Calvário, que investiga o recebimento de propina na gestão realizada pela Cruz Vermelha no hospital de emergência e trauma senador Humberto Lucena.
Ainda na decisão, foi decretado o sequestro de bens de um imóvel situado na cidade de Sousa e de um carro de luxo.
Livânia ficará recolhida na 6ª Companhia da Polícia Militar, sediada em Cabedelo, onde deverá permanecer encarcerada à disposição da Justiça.
A prisão preventiva visa à garantia da ordem pública, à conveniência da instrução criminal e para asseguramento à aplicação da lei penal.
No despacho, o desembargador Ricardo Vital recomenda que os membros do Ministério Público, responsáveis pela investigação, franqueiem aos investigados e seus advogados o acesso aos autos do Procedimento Investigatório Criminal nº 004/2019 Gaeco/PB, em obediência à Súmula Vinculante nº 14.
A ordem de prisão foi expedida no último dia 13, mas só foi cumprida neste sábado (16), uma vez que Livânia se encontrava fora do Estado.
Em nota, o Ministério Público Estadual informa que Livânia foi denunciada por lavagem de dinheiro (com a aquisição de um imóvel no valor de R$ 400 mil no município de Sousa, no ano de 2016), e de corrupção, já que teria participado do recebimento de R$ 840 mil como propina, no ano de 2018, da organização criminosa que infiltrou-se na Cruz Vermelha brasileira.