A primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, cumpriu agenda, ontem, em Campina Grande (PB) acompanhada pelo ministro da Cidadania Osmar Terra e ficou emocionada ao visitar crianças e famílias assistidas pelo programa Criança Feliz, do governo federal. Foi a primeira visita oficial de Michelle Bolsonaro a uma cidade brasileira na condição de primeira-dama desde a posse do marido, Jair Bolsonaro, no dia primeiro de janeiro. Ela havia demonstrado o interesse em visitar Campina desde que assistiu a uma palestra do prefeito Romero Rodrigues, do PSDB, no último dia 12 de março, apresentando os bons resultados alcançados pela execução dos programas Criança Feliz e Centro Dia.
Acompanhado da primeira-dama de Campina, Micheline Rodrigues, o prefeito Romero ciceroneou Michelle Bolsonaro e Osmar Terra em duas visitas que foram qualificadas como impactantes pelo ministro, especialmente porque, ontem, foi comemorado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Por uma hora, a primeira-dama do país conheceu de perto os clientes do Centro e toda a estrutura disponibilizada para o atendimento de famílias de Campina Grande e de diversas cidades do Estado. A segunda parte da visita foi ao Centro Especializado de Reabilitação no bairro de Bodocongó, unidade municipalizada pelo prefeito Romero e que se transformou em referência na Paraíba. Em clima de muita emoção, como expressou a própria Michelle, duas famílias assistidas pelo programa Criança Feliz foram visitadas. A primeira-dama foi às lágrimas ao abraçar o jovem Leryston Matheus, de 21 anos, no Alto Branco.
Leleu Guerreiro, como é carinhosamente conhecido, é portador de uma doença rara a epiderme bolhosa. Por 30 minutos, Michelle acompanhou emocionada os relatos elogiosos dos que são assistidos ao programa Criança Feliz. Ela e o ministro Osmar Terra comprometeram-se a reforçar o empenho do governo federal para ampliar os atendimentos do programa, que é executado pela secretaria de Assistência Social da prefeitura da cidade Rainha da Borborema. A colunista Lena Guimarães, do Correio da Paraíba, comenta que a vinda de Michelle, de surpresa, teve repercussão positiva. Lembrou que a primeira-dama do país é ativista de causas sociais, fez campanhas pela doação de sangue e medula óssea, atuou na Trupe Miolo Mole (visita a crianças em hospitais), promove a causa dos deficientes auditivos (é intérprete de Libras) e, mais recentemente, adotou a das crianças vítimas de microcefalia.
Acrescenta Lena Guimarães: Ela (Michelle Bolsonaro) não buscou holofotes. Não deu entrevistas. Desagradou alguns que esperavam um comportamento mais político. Agradou os que identificaram a intenção de não tirar o foco do trabalho que se dispôs a realizar quando chegou à posição de primeira-dama do Brasil. Mesmo sem declarações, ela projetou o prefeito Romero Rodrigues e os programas que fizeram com que escolhesse Campina para ser sua primeira visita oficial fora de Brasília.