Uma nota divulgada pelo presidente do PSL na Paraíba, deputado federal Julian Lemos, evidenciou processo de racha interno com o grupo comandado pelo prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, que está no PSDB, mas cujo irmão, Moacir, deputado estadual, é filiado à legenda do presidente Jair Bolsonaro. Lemos chega a qualificar Moacir como boneco de ventríloquo. O pano de fundo da divergência diria respeito a supostas filiações ao partido feitas por Moacir sem articulação com a direção estadual e também sem o conhecimento desta.
Para Julian Lemos, que é enfático, é clarividente que o pretexto de reunião soa legítimo e alvissareiro ao partido. Entretanto, é sabido por todos os que gravitam na política paraibana que o membro insurgente, usado como boneco de ventríloquo de força política-familiar-superior, tenta ocupar a direção estadual do PSL. Julian Lemos também questionou informações de que o órgão diretivo que ele comanda teria caducado. Diz que se trata de uma inverdade, que se desfaz com uma rasa consulta ao site do TSE, que atesta a vigência do diretório legítimo, tendo ele (Julian) como presidente estadual. Mas tudo isso não nos impressiona. Esse tipo de política rasteira é próprio do grupo político do desertor, menciona o deputado federal.
Segundo Lemos, causou estranheza a alegação de expansão da legenda sem consulta à presidência estadual, pois o PSL na Paraíba encontra-se em plena expansão desde que a atual diretoria assumiu o partido antes do pleito de 2018, em que obteve exitoso desempenho nas urnas, elegendo um deputado federal, dois estaduais e diversos suplentes. E acrescentou: Assim, nenhum membro, além do dirigente estadual ou filiado com poderes outorgados por este, tem o direito legal de convocar reuniões ou convenções para promover filiações em massa, muito menos para causar motim e inflar militantes com o intuito de trazer aa instabilidade partidária e tentar assumir a direção de forma ilegítima, contra o estatuto partidário. Porr fim, Lemos ainda ameaça expulsar Moacir Rodrigues da legenda.
Nonato Guedes