O deputado estadual Tovar Correia Lima, do PSDB, admitiu, ontem, em entrevista ao programa Correio Debate, da rádio 98 FM/Correio Sat, que avalia com interesse a hipótese de candidatar-se a prefeito de Campina Grande no próximo ano. Mas preveniu que ninguém é candidato de si mesmo e frisou que só pode assumir a postulação se a voz vier das ruas e chegar às lideranças que compõem o grupo político que integro. Confessou que alimenta o sonho ou a vontade de governar sua cidade, mas tem uma visão realista acerca da consolidação desse projeto.
– É preciso fazer o diálogo com a cidade. Um projeto de candidatura só poderá ser encampado após uma discussão com diversos setores produtivos, para que possa avançar concretamente. Este ano pré-eleitoral está servindo como um laboratório para a possível candidatura e para que eu possa tomar a decisão no momento certo acentuou. Tovar destacou que, caso setores formadores de opinião e influentes na tomada de decisões apontem o seu nome e absorvam a tese dele vir a ser o sucessor do prefeito Romero Rodrigues, com o apoio do próprio Romero e de lideranças como o ex-senador Cássio Cunha Lima, ele não vacilará em colocar seu nome na disputa.
O parlamentar acrescentou que não vai se sentir preterido se não houver uma manifestação preliminar favorável a uma eventual pretensão sua de disputar a prefeitura de Campina Grande. Em outro trecho de suas declarações, Tovar comentou a hipótese de se desfiliar do PSDB caso a agremiação não mude de postura e não se renove. Desse ponto de vista, estaria disposto a acompanhar o prefeito Romero Rodrigues, que tem sinalizado o propósito de deixar o ninho tucano. Essa discussão partida de Romero é verídica. Ele próprio tem assumido isso. É uma decisão muito complicada porque a posição que Romero tomar eu poderei acompanhar mas para isto é necessária uma ampla discussão.
Tovar definiu que o atual gestor campinense, que foi reeleito nas eleições de 2016, tem uma forma peculiar de se posicionar e não costuma fazer nada de forma abrupta. Em termos de rumo partidário, Romero tem externado de filiar-se a um partido alinhado com a base política do governo do presidente Jair Bolsonaro, mas é peremptório ao descartar ingresso no PSL, partido do presidente, alegando que a legenda tem muitos caciques e que, pessoalmente, ele se considera um índio nesse contexto. Ontem, o deputado estadual Manoel Ludgério, que é apontado como pré-candidato a prefeito de Campina Grande, ofereceu espaços dentro do PSD para o ingresso de Romero Rodrigues uma vez consumada a desfiliação do PSDB.