Único representante da bancada federal do PSB da Paraíba, o deputado Gervásio Maia, ex-presidente da Assembleia Legislativa, deixou claro não haver dúvidas quanto à sua posição contrária ao projeto oriundo do Palácio do Planalto que trata da reforma da Previdência Social. No seu ponto de vista, nos termos em que o projeto está colocado, é lesivo aos interesses da classe trabalhadora. Ao mesmo tempo, Gervásio lembrou que a orientação da direção nacional do partido, formalizada ontem, foi pela rejeição da proposta de reforma.
– Não é que o PSB seja contrário a mudanças na Previdência Social. Mas defende, com intransigência, que as mudanças a serem feitas respeitem direitos adquiridos e outras vantagens a que os segurados da Previdência fazem jus, evitando-se, desta forma, a prática de injustiças contra quem quer que seja esclareceu o deputado Gervásio Maia. O parlamentar paraibano tem feito intervenções pontuais na tribuna da Câmara Federal, contestando pontos críticos da reforma da Previdência. Ressalta que a posição crítica sobre o projeto palaciano não é isolada, já que parlamentares de outros partidos, representantes de outros Estados, também fazem questionamentos e chegam mesmo a duvidar de consenso mínimo para aprovação do texto sem as modificações necessárias.
Gervásio tem procurado se informar junto a especialistas do tema para subsidiar melhor as suas intervenções na tribuna e no plenário da Câmara Federal. Vale-se, inclusive, de comparativos com os sistemas previdenciários adotados em outros países, a fim de tentar uma média ponderada de iniciativas que, no caso do Brasil, atendam aos verdadeiros reclamos da classe trabalhadora. Ele diz que o comportamento de cobrança é exigido nas bases, nos Estados, pelos próprios eleitores, que ainda estão bastante confusos sobre as vantagens e desvantagens da reforma da Previdência Social. É nosso dever eliminar injustiças que porventura venham a ser entronizadas, salientou.
O ex-presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba insiste na defesa da tese de que o governo do presidente Jair Bolsonaro deve passar a tributar as grandes fortunas e seus dividendos. Observa que são cerca de vinte e três mil contribuintes que vivem no Brasil como se aqui fosse um paraíso fiscal. Desta forma, se arrecadaria mais do que o R$ 1 trilhão preconizado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, emendou. Por outro lado, um requerimento de autoria do deputado Ruy Carneiro (PSDB) dirigido ao ministério da Economia, pedindo que disponibilize os números da reforma da Previdência, acaba de ganhar um importante reforço do Ministério Público, na forma de um ofício ao ministro Paulo Guedes pedindo explicações sobre o acesso restrito das informações e também sobre os pareceres jurídicos que os estão fundamentando.
Nonato Guedes