O deputado estadual Nabor Wanderley, do PRB, definiu, ontem, o G9, grupo formado na Assembleia Legislativa por integrantes do seu partido, do Avante, Cidadania, PR e Democratas, como um segmento responsável pelo controle de qualidade de projetos que tramitam na ALPB, especialmente os que são encaminhados pelo Poder Executivo. Lembrou que o agrupamento compõe a base do governo João Azevêdo na Casa Epitácio Pessoa e já se tornou essencial no fortalecimento da atuação do Legislativo. Citou como exemplo da atuação do G9 a criação da Empaer pelo novo governo. O G9 apresentou uma emenda garantindo que os servidores serão aproveitados pela nova empresa e retirando da pauta o item que era ambíguo sobre o reaproveitamento.
– Assim, conseguimos aprovar as Medidas Provisórias atendendo aos interesses do governo e aos interesses dos servidores e da população acrescentou Nabor Wanderley, para enfatizar a importância que o G9 tem e a responsabilidade com que opera. Somos da base do governo mas temos essa independência ou flexibilidade para abrirmos o processo de discussão e efetuarmos alterações necessárias, frisou. O parlamentar é autor, também, da proposta de emendas impositivas e acredita que o projeto passará na Assembleia com o apoio da maioria do colegiado.
Na sua opinião, trata-se de um tema que está sendo debatido e cujo debate será aprofundado com o próprio Executivo, mas é fundamental que a Paraíba tenha as emendas impositivas. O deputado licenciado João Gonçalves, do Podemos, que assumiu a secretaria de Articulação Política do governo João Azevedo já havia deixado claro que o G9 não constitui problema. Lá, a convivência é pacífica, harmoniosa. O G9 foi um grupo que se organizou para influir nas discussões no âmbito das comissões. São todos da base do governo, e o que tem que haver é maturidade, é diálogo, prosseguiu João Gonçalves, em declarações feitas à rádio 98 FM do Sistema Correio de Comunicação. Gonçalves admitiu que a pendência hoje entre o governo do Estado e a Assembleia diz respeito ao projeto das emendas impositivas. Alertou que R$ 150 milhões serão retirados do Orçamento nas emendas impositivas e que por isso mesmo deve ser feita uma análise criteriosa por parte dos integrantes da Assembleia. Tenho certeza de que não teremos qualquer racha nesse sentido e que vamos fazer o diálogo necessário, finalizou.