O trabalho dos auditores do Tribunal de Contas da Paraíba no combate à corrupção foi enaltecido, ontem, pelo presidente da Corte, conselheiro Arnóbio Viana, ao abrir seminário sobre a auditoria na era da tecnologia da informação, tratando de inovações, desafios e oportunidades. Sem o trabalho deles (auditores) o combate à corrupção não teria êxito. Eles constituem a coluna vertebral do controle externo, enfatizou Viana perante uma plateia de servidores, auditores e quadros técnicos. O dirigente propôs que a sociedade, cada vez mais, tenha a melhor compreensão possível do papel estratégica daqueles profissionais e da contribuição que eles oferecem, na prática, para a responsabilidade fiscal, a probidade e a eficiência administrativas.
E prosseguiu Arnóbio Viana: Os auditores, com sua formação multidisciplinar em ciências contábeis, jurídicas e econômicas, são essenciais na busca permanente pela correta aplicação dos recursos públicos, principalmente em áreas como saúde e educação, setores já tão pouco assistidos, bem como, por exemplo, no urbanismo e na infraestrutura das cidades. Para o dirigente do TCE, a união desse conhecimento, capacidade técnica e a coragem dos profissionais no trabalho de campo com os recursos disponíveis da tecnologia, atualmente, é que será capaz de garantir o combate permanente às tentativas de dilapidação desse patrimônio da sociedade, que é o patrimônio público.
O presidente do Tribunal completou ressaltando que o uso das novas tecnologias torna mais célere a descoberta de irregularidades envolvendo recursos públicos e, por via de consequência, fortalece o controle externo do processo público. O deputado estadual Raniery Paulino, do MDB, autor da Lei que instituiu a data comemorativa da categoria, a 27 de abril, igualmente destacou a importância da atuação dos auditores, tanto na fiscalização do uso de recursos públicos como na orientação que proporcionam aos gestores, de forma geral. Os postulados de vocês, pelo que representam na defesa e no zelo do dinheiro público, também são pilares para a nossa democracia, referenciou.
O procurador-geral de Justiça, Francisco Seráphico da Nóbrega, por sua vez, disse que o papel colaborativo e atuante das instituições de controle externo não seria efetivado sem o trabalho dos auditores. É estratégico: o auditor é o verdadeiro responsável pela matéria-prima das decisões emanadas dos tribunais de contas, adiantou. Os auditores Paulo Germano e Matheus Lacerda, presidentes, respectivamente, do Sindicato dos Profissionais de Auditoria do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba e da Associação dos Auditores de Controle Externo do TCE-PB destacaram a oportunidade do evento para reflexões sobre os desafios que a atual conjuntura impõe.
Nonato Guedes