Nas palavras do governador João Azevêdo, mudanças na sua equipe de auxiliares estão dentro da normalidade administrativa e até o último dia de gestão vai trocar peças de acordo com as necessidades. Ontem, o Diário Oficial trouxe mais mudanças, ocasionadas pelos pedidos de exoneração de Waldson de Souza, da secreetaria do Planejamento, Orçamento e Gestão, e Amanda Rodrigues, mulher do ex-governador Ricardo Coutinho, da secretaria de Finanças. Para o Planejamento, foi nomeado o controlador-geral do Estado Gilmar Martins de Carvalho, que coordenou a equipe de transição administrativa da gestão Coutinho para a atual. No lugar de Gilmar, na Controladoria-Geral do Estado, foi efetivado o auditor de contas públicas Letácio Tenório Guedes, que era responsável pelo Setor de Auditoria.
Na Secretaria de Finanças, o remanejamento provocou a ascensão do secretário-executivo Mário Sérgio Freitas à acumulação de cargos. As primeiras alterações efetuadas por Azevêdo, que alcançaram a então secretária Livânia Farias, da Administração, foram motivadas pelos desdobramentos da Operação Calvário, desencadeada pelo Ministério Público da Paraíba, através do Gaeco, para investigar suposto pagamento a agentes públicos feito pela Cruz Vermelha Brasileira, filial do Rio Grande do Sul, que administrava o Hospital de Trauma e Emergência Senador Humberto Lucena, de João Pessoa, na gestão de Coutinho. O assessor Leandro Nunes Azevedo, lotado na Administração, foi preso na segunda fase da Operação Calvário, enquanto Livânia foi presa na terceira fase das investigações. Na Procuradoria Geral do Estado, Gilberto Carneiro, que pediu exoneração, foi substituído por Fábio Andrade. Na Saúde, Cláudia Veras deu lugar a Geraldo Antônio de Medeiros. A ex-titular da Saúde, enquanto isso, passou a exercer o cargo executivo da Articulação Municipal, cujo titular passou a ser o deputado estadual licenciado João Gonçalves, do Podemos.
Além das mudanças e remanejamentos ocasionados pela Operação Calvário, o governador João Azevêdo procedeu a várias nomeações para cargos técnicos e de assessoramento, bem como promoções de servidores da Polícia Civil, como a deputada federal Edna Henriques, do PSDB, que é delegada de carreira, da Primeira Classe para Classe Especial com base no critério de antiguidade e merecimento. A servidora Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, lotada na Procuradoria Geral do Estado, foi exonerada e presa na quarta fase da Operação Calvário, apontada como arrecadadora de esquema criminoso na Saúde. Laura foi exonerada do cargo de Assistente de Gabinete da PGE-PB. Outro auxiliar exonerado foi Geo Luiz de Souza Fontes, que estava na função de assessor de gabinete da PGE-PB e foi alvo de mandado de busca e apreensão na mesma etapa da investigação.
Nonato Guedes