A Academia Paraibana de Letras realiza hoje eleições para o preenchimento da cadeira de número 27 que teve como último ocupante o escritor Carlos Romero, falecido no início deste ano. Trinta e nove acadêmicos estão aptos a votar e oficialmente estão inscritos como candidatos o empresário, articulista e ex-senador Roberto Cavalcanti, diretor-proprietário do Sistema Correio de Comunicação, o empresário e ex-senador Ney Suassuna e o arquiteto Germano Romero. A votação começa às 8h da manhã, estendendo-se até o meio dia, presidida pela comissão eleitoral formada pelos acadêmicos Ramalho Leite, Socorro Aragão e Itapuan Botto Targino.
A apuração terá início logo apos o término da votação e o resultado final será anunciado em poucos minutos, com a proclamação do eleito, que deverá ter maioria absoluta metade mais um dos votos. O colunista Abelardo Jurema, que é integrante da Academia, afirma, hoje, em seu espaço no Correio da Paraíba: – Ao final de mais um processo eleitoral na Academia Paraibana de Letras, é oportuno ressaltar o nível da campanha: limpa, elevada, democrática e sem incidentes, onde os candidatos tiveram direito à livre manifestação, valorizando a disputa e a lisura do resultado das urnas, não havendo espaço para queixas ou lamentações. Jurema observa que embora reúna um colégio eleitoral de apenas 39 votantes, as eleições na APL costumam atrair as atenções de todos os segmentos da sociedade paraibana.
– Nas redes sociais, nos eventos culturais e até mesmo nas conversas despretensiosas em mesa de bar, o tema é recorrente, com debates por vezes calorosos e apaixonados, cada um defendendo o candidato de sua preferência comenta, ainda, Abelardo. O jornalista e acadêmico José Nêumanne Pinto, paraibano, natural de Uiraúna, mas com atuação em São Paulo, sendo editorialista do jornal O Estado de São Paulo, chegou ontem a João Pessoa para votar hoje na Academia e, em seguida, ir a Campina Grande prestigiar a abertura do São João. O regimento da Academia não especifica o quórum necessário para as eleições. Será considerado vencedor aquele que obtiver o maior número de votos válidos entre os candidatos, independente do número de eleitores, desde que consiga obter metade mais um dos sufrágios. Um detalhe: será considerado nulo o voto eventualmente identificado antes da sua colocação na urna, segundo adverte o presidente da instituição, professor Damião Ramos Cavalcante.
Nonato Guedes