Está prevista para hoje em Brasília a quinta reunião do Fórum de Governadores para discutir a reforma da Previdência e definir uma posição conjunta dos chefes de Executivo estaduais acerca da proposta. A Paraíba estará representada nas discussões pela vice-governadora Lígia Feliciano, do PDT, designada pelo governador João Azevêdo (PSB), que por sua vez cumpre agenda administrativa em São Paulo para apresentar o projeto do Polo Turístico Cabo Branco a empresários da área de turismo interessados em investir no complexo, que está disponibilizando inicialmente cinco lotes para a construção de resorts.
A reunião do Fórum de Governadores foi convocada porque o relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira, do PSDB-SP, programou a apresentação do seu relatório na Comissão Especial para quinta-feira após ouvir os líderes de partidos e os governadores. Lígia Feliciano informou que irá defender tudo o que está expresso na carta dos governadores do Nordeste, que reivindicam que seja garantida a manutenção dos Estados no texto da reforma, em virtude do déficit nos regimes de aposentadoria e pensão dos seus servidores. Além disso, vai defender a retirada da proposta de mudanças no Benefício de Prestação Contínua (BPC) e nas aposentadorias rurais. Igualmente é contra a desconstitucionalização da Previdência e o sistema de capitalização, no qual se baseia o regime futuro da Previdência.
A carta dos governadores do Nordeste foi publicizada na última quinta-feira pelo Fórum e será apresentada na reunião de hoje que terá a coordenação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, coordenador do Fórum, no edifício sede do Banco do Brasil às 8h. Lígia Feliciano afirmou ao jornal Correio da Paraíba que concorda com a necessidade de serem feitas as reformas. Mas preveniu que, no texto vigente, não há acenos favoráveis aos interesses da Paraíba. Em todo o caso, frisou que os governadores do Nordeste estarão juntos na tomada de decisões. A vice-governadora destacou, ainda, que do jeito que está sendo posta a refirma da Previdência, o déficit atual não será equacionado. É óbvio que terá que haver uma economia, mas a previsão é só daqui a 10 anos. E como ficará a situação atual? Como vamos resolver os problemas que afetam os Estados hoje?, indagou a doutora Lígia Feliciano.
Nonato Guedes