O deputado federal Pedro Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, abriu mão da aposentadoria especial a que os parlamentares têm direito dentro do Plano de Seguridade Social dos Congressistas, que assegura valores de aposentadoria de até R$ 33,7 mil aos parlamentares. O deputado tucano justificou que não pode concordar com privilégios enquanto a grande maioria dos brasileiros não tem acesso, sequer, ao básico, para sobreviver. De acordo com Pedro Cunha Lima, o requerimento pedindo exclusão do regime especial foi apresentado junto à Mesa Diretora no dia 12 de junho e deferido, finalmente, no dia 26 do mesmo mês.
Filho do ex-senador Cássio Cunha Lima, que não conseguiu se reeleger na campanha eleitoral de 2018, o deputado Pedro Cunha Lima criticou as desigualdades sociais existentes na conjuntura brasileira e frisou que não é concebível que alguns recebam tantos benefícios, enquanto inúmeros outros não têm direito praticamente a nada. Lamentou que as distorções no sistema econômico-social brasileiro perdurem, a despeito de pressões dos segmentos da sociedade e de representações sindicais para que sejam abolidas as desigualdades. É preciso pôr fim, de uma vez por todas, a esses desequilíbrios, argumentou ele.
O deputado federal tucano tem sido pródigo, na sua atuação na Câmara, em abrir mão de mordomias, reembolsar a Casa de valores recebidos e que considera injustos e, ao mesmo tempo, apresentar projetos e requerimentos tendo por finalidade reduzir drasticamente o custo da máquina pública. Ao mesmo tempo, em discursos que profere na tribuna, o deputado Pedro Cunha Lima adverte que a manutenção onerosa da máquina pública impede a realização de investimentos e a destinação de programas de caráter social para os mais carentes. Pelo Plano de Seguridade Social dos Congressistas, todos os políticos, independentemente do gênero, se aposentam com 60 anos de idade ou quando completarem 35 anos de contribuição.
Nonato Guedes, com assessoria