2019 é o ano da pessoense Larissa Pereira, 32 anos, apresentadora do JPB Segunda Edição, da TV Cabo Branco, afiliada da Rede Globo em João Pessoa: ela tornou-se âncora titular do noticioso, substituindo Edilane Araújo, que pontificou por três décadas na telinha. Em data ainda não revelada, mas cuja contagem regressiva tem início agora em agosto, Larissa estará na bancada do Jornal Nacional, da Rede Globo, no Rio de Janeiro ela foi sorteada entre inúmero(a)s profissionais de emissoras afiliadas, para ancorar o JN ao ensejo dos 50 anos do histórico telejornal. O nome de Larissa foi anunciado por William Bonner, editor de jornalismo e âncora principal do Jornal Nacional, juntamente com apresentadores e apresentadoras de emissoras de TV, do Amapá ao Rio Grande do Norte.
A aparição de Larissa na bancada do Jornal Nacional será motivo de orgulho para a Paraíba e de forte emoção para ela, constituindo-se, ainda, em um tento valioso da sua carreira profissional, iniciada em 2007, na própria TV Cabo Branco, como estagiária, na sequência como repórter e, agora, como âncora de um dos telejornais de maior audiência entre as emissoras que são vinculadas à programação global. Caçula de um quarteto de irmãos, Larissa optou pelo jornalismo por vocação. Aos oito anos, comandou um jornalzinho chamado Aborrecente, em folha de papel pautado, que era distribuído com a vizinhança, abordando variedades. Ela sempre foi esforçada e colhe os frutos desse empenho, conforme o testemunho de colegas de trabalho. Fez graduação em rádio e televisão, como também em jornalismo e, posteriormente, Mestrado, na Universidade Federal da Paraíba. Depois de atuar por um período como repórter de externa da TV Cabo Branco passou uma temporada no Recife, na Rede Globo Nordeste, atuando ao lado de estrelas como Francisco José.
A passagem pela Rede Globo Nordeste foi bastante valiosa para aprimorar o desempenho de Larissa Pereira e ela treinou para ser o que atualmente é âncora. Com a iminente oficialização da saída de Edilane, ela fez uma espécie de treinamento para ser apresentadora e se mantém na tela gerando empatia, diariamente, com o público telespectador. O Jornal Nacional começou em primeiro de setembro de 1969, apresentado por Cid Moreira e Hilton Gomes. No Brasil, tensão total. A manchete do dia revelava que o presidente Costa e Silva recuperava-se de uma crise circulatória e que o governo estava entregue a uma junta militar formada pelos ministros Augusto Rademaker, da Marinha, Aurélio de Lira Tavares, do Exército, e Márcio de Souza Mello, da Aeronáutica. O general Aurélio de Lira Tavares era paraibano.
Na estreia do Jornal Nacional, Hilton Gomes anunciou a transmissão direta de Porto Alegre, terra do presidente Costa e Silva, com a repercussão do Ato Institucional número 12, que transferia os poderes do governo à Junta Militar e não ao sucessor legal, o vice-presidente Pedro Aleixo. O noticiário internacional registrava as mortes do campeão mundial de pesos-pesados Rocky Martin e do comentarista norte-americano Drew Pearson, conhecido no Brasil pela coluna que assinava na revista O Cruzeiro. Na Líbia, um golpe militar derrubou o príncipe Hassan Al Rida. No Japão, moças de mais de cinquenta países se preparavam para disputar o título de Miss Beleza Internacional. Esses e inúmeros outros acontecimentos históricos serão resgatados ao longo das edições comemorativas dos cinquenta anos do Jornal Nacional. E num dos sábados, brevemente, a pessoense Larissa Pereira estará representando, com louvor, as cores da Paraíba nesse marco excepcional da história da televisão no Brasil.
Nonato Guedes