Coincidindo com o transcurso dos 434 anos de fundação da Capital da Paraíba, assinalados ontem, com programação diversificada, o jornal Correio da Paraíba comemorou 66 anos de existência, qualificado como símbolo de resistência na comunicação regional é o principal veículo impresso da iniciativa privada que sobrevive, atuando, também, nas plataformas digitais. O complexo envolve emissoras de rádio e de televisão que se espalham por João Pessoa e por inúmeras cidades do Estado. O jornal surgiu do idealismo do empresário Teotônio Neto, natural de Santana dos Garrotes, interior da Paraíba, que planejava unir a Paraíba através das notícias. Os atuais dirigentes e editores do Sistema acreditam que o segredo da sobrevivência do jornal impresso está na credibilidade e na ética e paixão que regem a sua linha informativa. Ainda vivo, radicado no Rio de Janeiro, Teotônio Neto, que foi deputado federal pela Paraíba, não escondeu a emoção ao prestar um depoimento sobre a efeméride ao próprio jornal: O grande feito para a Paraíba foi a presença do Correio. Sem ele, não teríamos tido muitas conquistas realizadoras em nosso Estado.
A editora-geral do jornal, Sony Lacerda, que também é vice-presidente da Associação Paraibana de Imprensa, acredita em novos formatos, na junção do impresso com o on-line. Novas plataformas, novos formatos, mas preservando sempre a capacidade de apurar o conteúdo com qualidade, abrindo espaço para todas as correntes de pensamento, expressou a jornalista. Como o próprio Teotônio Neto admite, reiteradamente, coube ao empresário Roberto Cavalcanti, recentemente eleito membro da Academia Paraibana de Letras, impulsionar a evolução do Correio da Paraíba e do Sistema Correio de Comunicação. Roberto Cavalcanti é muito dedicado ao jornal, atesta Teotônio Neto.
A executiva Beatriz Ribeiro, filha de Roberto Cavalcanti, que adquiriu a semente do Sistema Correio, um jornal e uma rádio, em 1978, assumiu o desafio de assimilar novas tecnologias, enfrentar a competição que na área de comunicação tem características globais e garantir rentabilidade, essencial para qualquer negócio. Numa entrevista de página inteira, na edição de ontem do jornal impresso, Beatriz Ribeiro destaca o empenho pela busca permanente da confiança dos paraibanos, zelando pela verdade. E indagou: Quem consome notícias duvidosas, maquiadas, deturpadas? Quem aceita, conscientemente, ser manipulado? O maior patrimônio do Sistema Correio é a sua credibilidade. Nós cuidamos para que a informação que disponibilizamos seja verdadeira e pela pluralidade nas opiniões. Se erramos, temos que admitir o erro e corrigi-lo. Em resumo: o paraibano sabe que é respeitado e retribui com essa confiança.
De acordo com suas informações, o Sistema Correio, atualmente, constitui-se de um pool de 26 empresas, todas disponíveis também na internet, duas TVs (Correio e TV Maior), dois jornais impressos (Correio e Já), 15 emissoras de rádio em funcionamento e mais cinco para serem inauguradas, uma revista (Premium) e o Portal Correio. Com tantas empresas para cuidar, Beatriz Ribeiro ainda encontra tempo para administrar a Fundação Solidariedade, que desenvolve iniciativas sociais em articulação com organismos e entidades de representação da sociedade civil. Ela ressalta que a Fundação é o seu xodó, é nossa forma de dizer Muito obrigada, Paraíba, é uma contrapartida a tudo de bom que recebemos todos os dias, porque fazer o bem está em nossos corações
Nonato Guedes