O economista paraibano Maílson da Nóbrega, que foi ministro da Fazenda no governo de José Sarney, na década de 80, figura entre as personalidades que serão convidadas pelo deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) para participar de audiências públicas que debaterão o tema da reforma tributária. Relator da matéria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro apresentará na tarde de hoje o plano de trabalho sobre o assunto em reunião com a comissão especial que se ocupa da reforma e já havia antecipado a sua intenção de apresentar requerimento para a realização de audiências públicas, a fim de auscultar segmentos da sociedade.
Além de Maílson da Nóbrega, constam na relação de convidados do deputado Aguinaldo Ribeiro o economista Bernardo Appy, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o secretário da Receita Marcos Cintra, ex-ministros e secretários Nelson Machado, Marcos Lisboa, Pérsio Arida e Armínio Fraga. Pérsio Arida foi um dos pais do chamado Plano Real, executado no governo de Itamar Franco e concebido por uma equipe gerida pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que acabou se elegendo ao Planalto em 94 bafejado pela repercussão do Plano de Estabilização Econômica, tendo sido reeleito em 1998. Já Maílson foi executor do Plano Cruzado, que por pouco tempo produziu impacto positivo para o congelamento de preços mas acabou fazendo furos e levando o governo de Sarney a deixar como legado um dos mais altos índices inflacionários da história brasileira.
Enquanto isso, o texto da PEC 06/19, que trata da reforma da Previdência, deverá ser discutido a partir de amanhã na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, conforme revela o colunista Edinho Magalhães, do Correio da Paraíba, baseado na Capital federal. Ele adianta que os três senadores paraibanos fazem da comissão: José Maranhão (MDB) e Veneziano Vital do Rêgo (PSB) como titulares e a senadora Daniella Ribeiro (PP) como suplente. A tendência de voto entre os paraibanos deverá ser de 2 a 1 Daniella e Maranhão favoráveis ao texto-base da reforma previdenciária, aprovado em dois turnos na Câmara Federal, e Veneziano Vital contrário. O prazo para os integrantes da comissão votarem o parecer do relator será início de setembro, portanto, sua tramitação na Comissão de Constituição e Justiça deverá durar quatro semanas. Já o placar deverá ser favorável ao texto. Se a votação fosse realizada hoje, dos 54 membros, mais de 30 votariam sim.
Nonato Guedes